Los Angeles
– Estreia na próxima sexta-feira, dia 19 de julho, o live-actionThe Lion King
, mais um longa esperado por todo mundo dos estúdios Disney desde ano de 2019. Com o título no Brasil de O Rei Leão, o filme tem a mesma trama da animação de 1994, onde Simba é um jovem leão cujo destino é se tornar o rei da selva. Entretanto, uma armadilha elaborada por seu tio Scar faz com que Mufasa, o atual rei e pai de Simba, morra ao tentar salvar o filhote. Consumido pela culpa, Simba deixa o reino rumo a um local distante, onde encontra amigos que o ensinam a mais uma vez ter prazer pela vida. O longa está maravilhoso visualmente, mas, infelizmente, não me encantou como a animação fez em 1994. Faltou emoção e um toque mais de sensibilidade. O diretor Jon Favreau, que também criou a adaptação de The Jungle Book de 2016, usou a mesma tecnologia, só que mais avançada. Ou seja, ele não poupou despesas. Assim como muitos desses recentes remakes ou remaginações das animações da Disney, a ênfase está muito mais no realismo, na realidade, do que no entretenimento. Se não fosse pelos animais que falam, o filme poderia facilmente ser confundido por um documentário sobre a natureza e os animais. Já no inicio percebemos o realismo, já que a sequência da música "Circle of Life" (Ciclo Sem Fim, título da música no Brasil) se desdobra como uma cópia distorcida da sequência original, mas menos encantada. E assim que o longa se desenvolve e dá o seu tom, que está bom mas faltou emoção. Pra mim, acho que foram as vozes escolhidas ou falta de direcionamento no momento da gravações das mesmas. O ator James Earl Jones empresta sua voz novamente para a personagem Mufasa e ele faz um bom trabalho e repetiu o que ele fez em 1994 (acho que ele foi o único que trouxe a emoção para o live-action). Chiwetel Ejiofor faz a voz de Scar, o tio de Simba, e sua interpretação também está viva e mais emocionante que o resto do elenco de vozes. Mesmo com uma duração de 118 minutes (o original tinha 88 minutos), Scar não teve a oportunidade de cantar todo a canção “Be Prepared.” O apresentador John Oliver está péssimo na voz de Zazu. Simba (dublado por JD McCrary quando jovem e Donald Glover quando adulto) e Nala (Shahadi Wright Joseph & Beyoncé Carter-Knowles) estão bem, mas eles são, na maior parte, ofuscados pelos outros atores. Beyoncé e Donald Glover parecem distantes, algo estranho e sem emoção. O atores mirins JD McCrary e Shahadi Wright Joseph têm vozes bonitinhas e dão um pouco mais de alegria as cenas. Ah, Beyoncé e Donald Glover interpretam a canção “Can You Feel the Love Tonight?”, que vai ser com certeza indicada ao Oscar de Melhor Canção. No meio do filme, aparecem Timon e Pumbaa, interpretados por Billy Eichner e Seth Rogen, respectivamente, oferecendo uma trégua cômica. Billy e Seth deram muita leveza com piadas novas e antigas. Achei eles bem cômicos e dão um show nesse filme sem muita graça! Há uma referência a um filme anterior da Disney, mas funciona e está na medida certa porque a piada acaba no momento certo, sem excessos.The Lion King
realmente só ganha vida no final. O clímax de ação do filme, embora muito parecido com o original, é a única sequência em que se sente vivo e (em alguns pontos) mais melodramático do que a animação. Vale a pena assistir pelo efeitos impressionantes usados pelo diretor, mas, como disse, esteja preparado para sentir menos emoção. Mas, essa é só minha opinião e você pode ter a sua quando assistir nos cinemas a história do leãozinho que se torna o rei da selva.