Novembro Azul: Mês da prevenção ao câncer de próstata

Por Gazeta News

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O Outubro Rosa acabou de acabar e agora dá espaço ao Novembro Azul. A campanha é pela saúde masculina, em especial a prevenção ao câncer de próstata. Ao mesmo tempo em que campanhas tentam aumentar ao máximo a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, o desafio é fazer com que homens acabem com o tabu e façam um exame preventivo que pode salvar sua vida.

Nos anos 70, o câncer de próstata era uma doença relativamente rara, característica de homens idosos, portadores de outros problemas de saúde geralmente mais graves. O diagnóstico só era feito quando surgia dificuldade para urinar ou algum sintoma como sangramento ou dores na região, geralmente quando era tarde demais para tratar. Foi em 1990 que o emprego do toque retal rotineiro e de um exame de sangue, o PSA, como teste de triagem, levou à indicação de biópsias de próstata capazes de identificar tumores iniciais em homens completamente assintomáticos. Com isso, surgiram os exames de prevenção e as campanhas falando sobre a importância da conscientização sobre o assunto.

Uma delas é o movimento mundial Movember, que incentiva homens em todo o mundo a deixarem o bigode (mustache, ou “mo” em inglês) crescer e conscientizarem pessoas sobre doações para tratamentos e a importância da prevenção. Para saber mais, acesse: www.us.movember.com.

Se diagnosticado no início, o câncer de próstata pode ter 90% de chance de cura

Os homens costumam demorar mais do que as mulheres para procurar um médico. Essa demora pode trazer riscos para a saúde, especialmente de problemas como câncer de próstata.

De acordo com médicos, esse é o tipo de câncer mais comum entre os homens e pode ser diagnosticado através de um exame de sangue, chamado PSA, combinado ao exame de toque retal. Segundo o urologista Miguel Srougi disse em entrevista ao “G1”, se diagnosticado no início, as chances de cura são de 80% a 90%; se detectado em estágio avançado, essas chances diminuem para 10% a 20%.

A maioria dos casos são de câncer dentro da próstata, o que facilita muito as chances de recuperação; porém, em 30%, onde a doença já se instalou nos nervos ou ossos, por exemplo, essas chances reduzem drasticamente.

Por isso, é muito importante que os homens façam o rastreamento da doença a partir dos 40 anos de idade, se houver casos na família, ou a partir dos 45 anos, se não houver. Se o paciente descobre o câncer, ele pode tratar com radioterapia ou retirar totalmente a próstata com uma cirurgia. Porém, muitos têm medo da impotência sexual ou incontinência urinária depois da operação – de fato, as duas coisas podem acontecer, mas dependem de muitos fatores.

Se a cirurgia for feita do jeito certo, as chances de incontinência são de 3% a 5%; já a impotência vai depender da idade do paciente e da experiência do cirurgião. Hipertensos, fumantes ou diabéticos podem também ter mais chances de disfunção erétil após a retirada da próstata.

Depois da cirurgia, pode acontecer também do nervo responsável pela ereção ficar por um tempo adormecido, mas na maioria dos casos, ele logo volta a se recuperar. Porém, se os nervos forem totalmente afetados, o homem pode ficar impotente e precisar de medicamentos. Esse é um dos usos indicados para o uso de remédios para disfunção erétil, mas muitos ainda costumam utilizá-los sem necessidade, o que pode causar dependência psicológica ao ponto do paciente não conseguir mais ter relação sexual sem ele.