Poucos dias após um tiroteio em massa na Universidade Estadual da Flórida, o Senado estadual sinalizou que deve rejeitar uma proposta polêmica que permitiria a compra de fuzis e outras armas longas por pessoas com menos de 21 anos.
A presidente da Comissão de Regras, senadora Kathleen Passidomo, afirmou que seu comitê não vai analisar o projeto aprovado na Câmara (HB 759), que propõe reduzir a idade mínima para 18 anos. Ela garantiu que a decisão foi tomada antes do ataque que matou duas pessoas e feriu seis, incluindo o autor dos disparos, enteado de um policial local.
A atual legislação foi adotada após o massacre em 2018 na escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, que deixou 17 mortos. Na época, o estado elevou a idade mínima para compra de armas longas de 18 para 21 anos. A legislação federal já exige essa idade mínima para a compra de pistolas.
Enquanto a Câmara aprovou a revogação da lei no fim de março por 78 votos a 34, o Senado continua resistente — e essa pode ser a terceira vez seguida que os senadores barram a proposta. A ex-prefeita de Parkland e atual deputada estadual Christine Hunschofsky disse estar “cautelosamente otimista” de que o projeto será arquivado novamente.
Apesar disso, o futuro da legislação ainda é incerto: uma contestação liderada pela Associação Nacional do Rifle (NRA) perdeu recentemente em um tribunal federal, mas o caso pode chegar à Suprema Corte dos EUA. Além disso, o procurador-geral da Flórida, nomeado este ano, declarou que não irá defender a atual lei.
Fonte: CBS