Um projeto de lei na Flórida, que visa ajudar os investigadores a identificar motoristas de acidentes de trânsito que fogem do local, pode exigir que os carros do estado possuam duas placas de licença. O projeto de lei (SB 92), apresentado em dezembro, criaria uma nova lei chamada "Lei Lilly Glaubach", em homenagem a uma garota de 13 anos de Tampa que foi atropelada enquanto voltava de bicicleta para casa da escola.
O projeto de lei estabelece que, quando um motorista estiver envolvido em um acidente, a oficina de reparos de veículos precisará solicitar um relatório escrito do acidente ao cliente antes de realizar qualquer reparo no veículo, caso o custo estimado seja de pelo menos $5.000. O formulário incluiria informações sobre o cliente, o veículo e a descrição dos danos, dados que poderiam ser utilizados pelos investigadores para identificar possíveis motoristas que fugiram do local do acidente.
“Essa legislação busca desestimular as fugas de cena, aumentando a responsabilidade das oficinas de reparo de veículos e evitando que pessoas realizem reparos de forma fraudulenta,” explicou o senador estadual Joe Gruters (R-Sarasota), que co-patrocinou o projeto.
Durante uma reunião do comitê do Senado nesta semana, Gruters apresentou uma emenda ao projeto, que exigiria que os motoristas exibissem uma placa de licença tanto na frente quanto na traseira de seus veículos. Caso a medida seja implementada, a Flórida passaria a integrar os 29 estados que exigem placas dianteiras e traseiras. Gruters afirmou que a mudança ajudaria os investigadores e testemunhas a identificar veículos de acidentes com mais facilidade.
No entanto, a senadora Lori Berman (D-Boynton Beach) questionou Gruters sobre o custo de uma segunda placa para os motoristas da Flórida. “Os moradores da Flórida terão que pagar uma taxa dupla para obter outra placa?” perguntou Berman.
“Nós estamos trabalhando nisso, porque na minha visão sempre disse, 'Bem, você paga a taxa de registro e paga duas vezes. Você essencialmente paga por duas placas,'” respondeu Gruters. “Mas não, o sistema funciona de forma que você paga uma taxa única de registro, e o estado teria que fornecer duas placas de licença para você.”
O comitê aprovou a emenda e votou por unanimidade a favor do projeto de lei, que ainda precisa passar por mais um comitê antes de ser considerado para votação no Senado. Caso o projeto seja aprovado e sancionado, ele entrará em vigor em 1º de julho. Um projeto de lei semelhante também foi apresentado na Câmara dos Deputados.
Fonte: Local10