Estudante é acusada de matar filho recém-nascido em dormitório universitário na FL

O corpo da criança foi encontrado em uma lata de lixo na Universidade de Tampa, disseram autoridades

Por Lara Barth

Faixa policial de advertência

Uma jovem enfrenta acusações após dar à luz em seu campus universitário, matar o bebê e descartar os restos mortais em uma lata de lixo, disseram autoridades.

Brianna Moore, de 19 anos, foi acusada de homicídio culposo agravado de uma criança, negligência infantil com grandes lesões corporais, falha em relatar a morte e armazenamento ilegal de restos mortais humanos pelas autoridades da Flórida.

Moore foi presa na sexta-feira (18) no Mississippi e aguarda extradição para o Condado de Hillsborough, Flórida.

Em 27 de abril, os colegas de quarto de Moore na Universidade de Tampa relataram ter ouvido um bebê chorando e encontrado sangue em seu dormitório. A polícia chegou e falou com Moore, que negou estar grávida e disse que o sangue era de seu período menstrual, de acordo com um relatório da WFLA.

No dia seguinte, as colegas de quarto encontraram uma toalha ensanguentada na lata de lixo de Moore e chamaram a polícia novamente. Quando os policiais chegaram, encontraram uma bebê morta enrolada em uma toalha.

Promotores estaduais disseram que Moore disse que deu à luz no banheiro de um dormitório, de acordo com a WFLA. Ela segurou o bebê firmemente contra seu corpo, até que a criança parou de chorar. Uma autópsia descobriu que a criança tinha múltiplas costelas fraturadas e hemorragia.

Moore também disse que depois que a criança parou de chorar, ela colocou o recém-nascido em uma toalha pensando que ela já tinha morrido. Ela limpou o bebê com água e então adormeceu por uma hora, de acordo com a WFTS.

Quando ela acordou, a criança não tinha sinais de vida, disse Moore. Ela então enrolou a criança de volta na toalha, colocou o recém-nascido na lata de lixo e voltou a dormir.

"Parte meu coração saber que esta menina ainda poderia estar viva hoje se esta mulher tivesse alertado as autoridades de que precisava de ajuda", disse a promotora estadual Suzy Lopez em um comunicado. "Em vez disso, ela tomou medidas que levaram diretamente à morte de seu bebê recém-nascido.”

Só nos Estados Unidos, uma média mostra que entre 600 a 1.600 recém-nascidos são descartados pelos seus pais a cada ano – muito embora acredita-se que esse número seja subestimado.

Um grande problema é a maneira como esses bebês são abandonados: em muitos casos, acabam sucumbindo a fatores externos antes de serem encontrados e encaminhados para o hospital mais próximo. Foi pensando nisso que foi criada a Safe Haven Box, uma caixa onde os pais podem depositar seus filhos de maneira anônima para serem encaminhados à adoção.

As caixas ‘Safe Haven Box estão espalhadas pelos EUA e já existem 2 na Flórida: em Ocala e Newberry. Quando ativadas, as caixa que são seguras e climatizadas, soam um alarme silencioso que avisa às autoridade sobre a presença de um bebê, que é então resgatado, sem correr maior risco de vida.

Fonte: The Independent; Safe Haven Box