Gangue de Orange County é presa por tráfico de fentanil

Gangue RMS/EBK estaria ligada à pelo menos três mortes por overdose da droga

Por Lara Barth

Procurador do Estado Bain anuncia operação "significativa"

Uma gangue de Orange County supostamente ligada a três mortes por overdose de fentanil foi desmantelada, anunciou o Procurador do Estado Andrew Bain em uma coletiva de imprensa na quarta-feira (7), juntamente com a Procuradora Assistente do Estado e Chefe de Narcóticos Anne Wedge-McMillen e o Chefe Adjunto do Gabinete do Xerife do Condado de Orange Carlos Torres.

A Operação Dirty 30s - que recebeu esse nome em homenagem aos comprimidos de fentanil prensados para parecerem comprimidos de oxicodona de 30 miligramas - foi concluída na semana passada, depois que um grande júri do condado indiciou 11 réus envolvidos em uma gangue de rua local conhecida como "Respect, Money Structure/Everybody Killer" (Respeito, Estrutura de Dinheiro/Assassino de Todos) ou "RMS/EBK".

Todos os 11 réus estavam sob custódia na quarta-feira por acusações de crimes que variam de morte causada pela distribuição ilegal de fentanil, extorsão, venda ilegal de armas de fogo e tentativa de roubo. A maioria dos acusados está na faixa dos 20 ou 30 anos, sendo que o mais jovem tem 19 anos.

A "RMS/EBK" foi criada há cerca de sete anos, mas a operação só teve início no outono de 2023, depois que uma mulher foi presa pelo tráfico de mais de 28 gramas de fentanil. Sua prisão levou a membros mais altos da organização e, após uma morte em setembro passado pela compra drogas através desse grupo, foi iniciada uma investigação.

Foi durante essa investigação que o Gabinete do Xerife de Orange soube que o Departamento de Polícia de Orlando também estava investigando a mesma organização. Eles se uniram para criar a "Operação Dirty 30s".

Durante a operação, as autoridades descobriram que três mortes relacionadas ao fentanil foram "diretamente" causadas pela atividade ilegal da gangue. As vítimas foram identificadas como Carlos Pena, Noah Polanco e Samuel Fredrick.

"Nenhum deles sabia que estava comprando fentanil e nenhum tinha qualquer desejo de morrer", disse Wedge-McMillen.

O chefe do setor de narcóticos acrescentou que os réus chegaram a vender drogas e armas - algumas delas roubadas e a maioria ilegal - para agentes disfarçados.

"Quando essas organizações de tráfico de drogas vendem fentanil mortal disfarçado de oxicodona, elas sabem que isso provavelmente causará uma morte, uma overdose. Mas eles não se importam", disse Torres.

A investigação segue em andamento.

Fonte: Fox 35, News 6