Marcus Grubert, marido da cantora gospel Heloisa Rosa, que foi preso em maio em Kissimmee, região de Orlando, suspeito de ter abusado sexualmente de uma criança de 6 anos, está sendo denunciado por um novo caso de abuso sexual. Desta vez, uma mulher procurou a polícia brasileira para denunciá-lo por um estupro há 14 anos.
Segundo ela, na época, tinha sido convidada pela cantora para trabalhar como sua assessora. Em entrevista ao GShow, ela contou o que aconteceu.
"O Marcus me ofereceu de levar um vinho para eu experimentar onde eu estava. Eu recebi ele como receberia meu pai, minha mãe. Com meio copo, eu apaguei. Tive três despertares que eu lembro dele consumando o ato".
Em entrevista exclusiva à jornalista Patrícia Fazan, a moça contou que no dia seguinte viajou com a cantora e revelou o que tinha acontecido. "A primeira pergunta que ela fez pra mim é se ela não corria o risco de pegar AIDS. (...) E quando fomos embora desse evento, dentro do avião, ela pegou na minha mão e disse: 'Estou com você. O Marcus vai ter que pagar pelo que ele fez'".
A vítima diz que foi levada a um ginecologista, que constatou as lesões sofridas, mas que a ajuda não teria continuado.
"Eu estava desnorteada. Eu não sabia o que fazer. Em momento nenhum, ninguém falou: 'vamos à delegacia, vamos denunciar'. Hoje, vendo, eles queriam abafar o caso. Simplesmente, fui despachada para minha casa, para a minha cidade. Ali eu fiquei. Eu que me vire com todas as consequências".
A polícia de Minas Gerais registrou o boletim de ocorrência, mas a investigação seguirá no Paraná, onde teria ocorrido o crime. Nem a defesa de Marcus Grubert, nem Heloisa Rosa se pronunciaram, mas a cantora disse a Patrícia Fazan que falará sobre os casos envolvendo o marido, "no momento certo".
O brasileiro Marcus Grubert foi preso no dia 21 de maio pela polícia de Kissimmee (FL), acusado de abusar sexualmente de uma criança de seis anos em abril do no ano passado dentro de casa.
Marido da cantora gospel brasileira Heloísa Rosa, ele responderá por estupro de vulnerável cometido em uma menor abaixo de 12 anos, com o agravante de que ela estava sob os cuidados dele e da esposa.
Desde o ano passado, a lei da Flórida passou a prever prisão perpétua ou pena de morte a esse tipo de crime. Ron DeSantis sancionou a medida que permite a pena de morte para aqueles condenados por agredir sexualmente crianças menores de 12 anos.
Há um ano, quando a Hope & Justice Foundation, organização fundada pela também brasileira Anna Alves-Lazaro, foi acionada, a luta por justiça começou.
Ao Gazeta News, Anna Alves-Lazaro deu detalhes do caso e quais as penalidades possíveis ao brasileiro, além de abordar também a conivência da esposa.
“Ele foi preso pelo crime de estupro de vulnerável, com agravante de ter sido uma menor de 12 anos e, por isso, se enquadra como crime capital. Isso significa que ele pode pegar, no mínimo, 25 anos e, no máximo, prisão perpétua ou pena de morte, de acordo com a legislação da Flórida. Além disso, o tribunal pode impor uma pena pecuniária de 10 mil dólares [R$ 51,6 mil em cotação atual] ou mais”, explicou.
Alves-Lazaro contou, ainda, que Marcus Grubert foi enquadrado no artigo 9940118C do estatuto da Flórida, referente à violência sexual contra a criança.
“Não foi estipulada fiança logo que ele foi preso, porém o advogado dele pediu a fiança na audiência de custódia e foi negado pelo juiz. Com isso, ele vai ser mantido preso, provavelmente até o julgamento. A primeira audiência pode acontecer até 175 dias [quase 6 meses] depois da prisão”, relatou ela.