Mês Nacional de Conscientização sobre o Câncer Colorretal - Brasileira de Miami pede prevenção

A doença é a segunda principal causa de morte por câncer nos EUA e acomete cerca de 150 mil pessoas por ano.

Por Arlaine Castro

Mylla Monteiro, 36 anos, luta contra a doença desde 2020, quando soube do diagnóstico em estágio avançado.

Março é o Mês Nacional de Conscientização sobre o Câncer Colorretal nos EUA. A data proclamada pelo presidente Joe Biden porque a doença é a segunda principal causa de morte por câncer no país e tem prevenção.

Uma brasileira de Miami fala sobre a importância da prevenção após diagnóstico de câncer colorretal grave aos 33 anos: "Minha vida virou de cabeça para baixo", conta Mylla Monteiro, que reforça a prevenção como forma mais segura de combater a doença.

Mylla Monteiro sabe muito bem o que ter um câncer colorretal. Em 2020, em plena pandemia do coronavírus, a pernambucana que mora em Miami passou mal e soube que se tratava de uma doença em estágio avançado.

"Faz 27 meses desde que ouvi pela primeira vez: "Você tem câncer em estágio avançado". Eu tinha 33 anos, estava casada há apenas 10 meses e era pandemia, quando minha vida virou de cabeça para baixo. Diagnóstico: Câncer Colorretal estágio 4 super agressivo", conta.

Desde então, foram duas cirurgias de abdômen aberto, 18 ciclos de quimioterapia, seis ciclos de terapia-alvo e alguns ciclos de imunoterapia na tentativa de combater a doença, segundo a brasileira. Atualmente, segue fazendo novo ciclo de quimioterapia.

Como forma de prevenção, ela reforça que a colonoscopia é o exame que deve ser feito tão logo surjam dores abdominais, intestino preso, dificuldade ao evacuar, sangue nas fezes ou, mesmo sem esses sintomas.

"Previna-se e lembre-se: colonoscopia salva vidas!", aconselha a corretora de imóveis.

Quem tem mais risco

Ter mais de 45 anos e histórico familiar de câncer de cólon aumenta o risco. O câncer colorretal é a segunda principal causa de morte por câncer nos EUA, e estima-se que 150.000 pessoas serão diagnosticadas com a doença este ano.

A Força-Tarefa Independente de Serviços Preventivos dos Estados Unidos recomenda exames regulares de câncer colorretal para todos os americanos a partir dos 45 anos.

Os sintomas do câncer incluem sangue nas fezes, alteração na atividade intestinal, dor abdominal, distensão abdominal, cólicas persistentes ou perda de peso inexplicável.

Para Monteiro, foram dois anos de muita dor, mas também, de aprendizado e ressignificado. "Apesar de tudo, eu olho para a Mylla pós câncer e amo ver a mulher forte e cheia de fé que ela se tornou", declara.

Estatísticas

Nos EUA, as taxas anuais mais baixas de câncer colorretal recém-diagnosticado estão nos estados de Utah, Colorado, Delaware, Arizona e Vermont. Em contraste, os cinco estados com as taxas mais altas de câncer colorretal recém-diagnosticado são: Kentucky, West Virginia, Alaska, Louisiana e Mississippi.

Os estados com as maiores taxas de exames de rastreio do câncer colorretal são Massachusetts (70%), Distrito de Columbia (70%), Maine (69%) e Rhode Island (69%).

As taxas de sobrevivência variam significativamente de acordo com o estágio do diagnóstico. As taxas variam de 10% para pessoas com 65 anos ou mais com câncer colorretal que se espalhou até 94% para pessoas mais jovens com câncer que não se espalhou.

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o câncer colorretal foi 30% mais comum em homens em 2020 e cerca de 44% mais fatal. Os dados são do CDC e foram interpretados e publicados pelo site Healthline.