Na quinta-feira, 6, mais famílias das vítimas - bem como sobreviventes - do massacre da Marjory Stoneman Douglas High School visitaram o prédio onde seus entes queridos, amigos e colegas foram mortos há mais de cinco anos.
14 alunos e três funcionários morreram em 14 de fevereiro de 2018 quando Nikolas Cruz, ex-aluno, abriu fogo em um dos prédios de três andares que compõem o campus escolar - o edifício 1200. O prédio foi liberado após o fim dos julgamentos relacionados ao tiroteio na semana passada. Até então, era mantido fechado e intacto como prova nos julgamentos.
O assassino foi condenado à prisão perpétua em novembro de 2022 e o policial escolar acusado de não ter impedido o tiroteio foi absolvido na semana passada.
Foi o segundo dia de visita para as famílias que queriam ver a cena do crime preservada por si mesmas. Entes queridos como Tony Montalto e Linda Beigel Schulman fizeram a visita na quarta-feira, 5.
Max Schachter, cujo filho, Alex, um estudante do MSD, foi assassinado, foi um dos visitantes de quinta-feira. “Eu queria sentar na cadeira de Alex”, disse Schachter ao canal Local 10. “Eu queria, sentir, estar ali com ele. Este foi o último lugar em que Alex respirou."
Ele descreveu um passeio angustiante: “É horrível. É um filme de terror lá dentro. Há sangue por toda parte, por todo aquele prédio, como ele (o atirador) caçou e torturou aqueles alunos, e é absolutamente grotesco”, disse.
Schachter, que dirige uma organização sem fins lucrativos chamada Safe Schools for Alex, disse que a visita informará o que se tornou o trabalho de sua vida - educar sobre as melhores práticas de segurança escolar.
“Ainda há muita complacência”, disse ele. “Todo legislador e todo membro do Congresso deve entender o que acontece quando você não prioriza a segurança escolar, quando não leva isso a sério.”
Debra Hixon, agora membro do conselho escolar de Broward, visitou o prédio em que seu marido Chris, então diretor atlético do MSD, correu para ajudar os que estavam sob fogo. O vídeo de vigilância mostrou que ele ainda tentou ajudar as vítimas, mesmo depois de ser baleado e mortalmente ferido.
Os então alunos sobreviventes Isabel Checker e William Olson também visitaram o prédio, junto com as famílias do estudante assassinado Martin Duque Anguiano.
As autoridades esperam que mais membros da família visitem nos próximos dias. O distrito escolar planeja demolir o prédio de três andares, provavelmente substituindo-o por um memorial.