Brasileira é espancada por homem que estuprou motorista do DoorDash em Tampa (FL)

Por Arlaine Castro

Na manhã de 19 de abril, a brasileira estava no condomínio Belara Lakes, quando foi atacada violentamente por ele.

Na noite de 18 de abril, Joseph Killins, de 38 anos, sequestrou e estuprou uma jovem de 20 anos que fazia entrega por um aplicativo no hotel Residence Inn, nos arredores de Tampa, costa oeste da Flórida. Na manhã seguinte, ele atacou e espancou uma brasileira.

De acordo com a Polícia de Tampa, o primeiro crime aconteceu por volta de 23h de 18 de abril. Killins, que estava armado, forçou uma jovem hispânica de 20 anos a voltar para o carro quando esta fazia uma entrega pelo aplicativo DoorDash. Ele forçou a vítima sob a mira de uma arma a dirigir até o Belara Lakes Apartments, onde a estuprou.

Por sorte, a família da jovem, que estava rastreando o celular dela, chegou e a resgatou do carro. O estuprador respondeu disparando várias vezes, com um tiro atingindo um membro da família da namorada da vítima, também de 20 anos, antes de fugir do local. Elas não correm risco de morte.

Na manhã seguinte, ainda no condomínio Belara Lakes, uma brasileira foi atacada violentamente por ele. Em um relato angustiante, ela detalhou o ataque ao Gazeta News.

Segundo a brasileira, de 40 anos e natural do Rio de Janeiro (que pediu para não ter o nome revelado), ela aguardava por uma amiga que mora no complexo de apartamentos na manhã de 19 de abril quando foi surpreendida pelo bandido pelas costas. Muito forte, ele a golpeou para o chão e a socou várias vezes. 

"Eu estava parada quando ele me agarrou por trás, com uma gravata bem forte. Ele me socou, me jogou no chão e continuou me socando e chutando, e eu no chão só gritava e tentava chutá-lo. Mas ele é muito mais forte que eu, me bateu muito mais. Foi quando apareceram pessoas e ele pegou minha mochila e fugiu", contou.

Fisicamente melhor (com escoriações e hematomas no rosto, atrás da orelha e nos braços)mas abalada psicologicamente, a carioca conta que está com medo de sair à rua depois do ataque.

"Foi horrível, e a sensação que ele nunca mais ia parar de me bater, apanhar sem fim. Hoje em dia, tenho medo de sair nas ruas, (não tenho carro) mas tenho que sair com medo de alguém a qualquer hora me fazer mal. A sensação é horrível, a confiança que eu tinha na América morreu. Mas em tudo daí graças, eu creio num Deus que está cuidando de cada detalhe e isso não foi em vão", detalha.

"Os hematomas estão se curando, mas o psicológico está abalado. Eu vim do Rio de Janeiro, cidade considerada violenta, confiei na segurança da América e me surpreendi", completa.

Ainda sem reaver seus pertences, ela disse que perdeu "o cartão do banco daqui, a carteira de motorista do Brasil, alguns dólares, meu cordão de ouro, meu AirPods, carregador".

Nos EUA há somente dois meses, ela soube depois que o bandido havia estuprado uma jovem na noite anterior.

"Esse homem podia ter me matado, mas Deus me livrou. O modo que ele me bateu por um mochila não tinha necessidade. Depois que eu soube disso (do estupro), eu fiquei mais horrorizada, porque podia ter sido comigo de verdade", afirma.

Prisão e julgamento

Joseph Killins foi detido no sábado, 22, acusado por vários crimes, incluindo sequestro à mão armada, agressão sexual agravada e assalto à mão armada, segundo o comunicado do Departamento de Polícia de Tampa. 

Uma audiência de fiança está marcada para esta quarta-feira, 26, e a brasileira disse que talvez irá depor à polícia antes.

"Estou em contato com a polícia. Amanhã vai ser a audiência e ele pediu pra sair sob fiança, mas ele é um bicho, não pode ficar solto, e a polícia quer meu testemunho antes dele ter essa audiência. Espero que ele continue preso pra sempre. Ele não pode ficar solto na sociedade. É bicho selvagem", afirmou.