O governo dos Estados Unidos concordou em pagar milhões de dólares às famílias afetadas pelo tiroteio em massa na escola de Parkland em 2018. Os advogados entraram com queixas contra o governo alegando negligência de um agente do FBI antes do tiroteio.
O tiroteio ocorreu em 14 de fevereiro de 2018, na Marjory Stoneman Douglas High School, onde Nikolas Cruz abriu fogo, matando 17 pessoas e ferindo pelo menos mais 17.
Os 40 casos civis, que incluem 16 das 17 famílias dos mortos, receberão US$ 127,5 milhões, de acordo com um comunicado do Departamento de Justiça.
"Foi uma honra representar as famílias de Parkland que, através de sua imensa dor, se dedicaram a tornar o mundo um lugar mais seguro", disse a principal advogada, Kristina Infante, à Associated Press. "Embora nenhuma resolução possa restaurar o que as famílias de Parkland perderam, este acordo marca um passo importante em direção à justiça."
Negligência do FBI
Em seu processo, as famílias acusaram o FBI de negligência. Eles dizem que a agência recebeu dicas sobre Cruz, incluindo sua acumulação de armas e seu desejo de atirar em uma escola, mas os agentes não conseguiram intervir e impedir a violência.
Semanas antes do tiroteio, um informante disse ao FBI que Cruz ia "explodir" e que "ia entrar em uma escola e começar a atirar no lugar".
Embora tenha feito o acordo, o DOJ disse em seu comunicado que isso "não equivale a uma admissão de culpa pelos Estados Unidos".
Cruz se declarou culpado de 17 acusações de assassinato em primeiro grau e mais 17 acusações de tentativa de assassinato em outubro de 2021. O grupo de defensores públicos que representa o atirador pediu ao tribunal que o condene a 17 penas de prisão perpétua em um esforço para evitar a pena de morte que os promotores estão buscando. Fonte: NPR.