A Flórida continua relatando um número recorde de casos diários de COVID-19, à medida que a variante ômicron se espalha por todo o estado.
O Dr. Ali Mokdad, do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington, estuda a COVID-19 e como ela se espalha. Ele acredita que a Flórida já atingiu seu pico de ômicrons e que, quando a onda atual terminar, cerca de 80% dos floridianos terão contraído o vírus desde o início da pandemia, relata o WKMG.
A Casa Branca anunciou em 1º de dezembro que o primeiro caso de ômicron foi identificado nos Estados Unidos. Quase uma semana depois, a Flórida relatou seu primeiro caso. A ômicron vem se espalhando mais rápido do que as variantes anteriores, alimentando novos casos no país.
“Cerca de 40% dos americanos serão infectados pela ômicron. Isso significa que teremos em três meses o mesmo número de casos que tivemos nos últimos dois anos”, disse Mokdad.
Um estudo divulgado pela Universidade da Flórida na semana passada previu que a onda ômicron na Flórida “provavelmente causará muito mais infecções do que ocorreu durante a onda delta, potencialmente infectando a maior parte da população do estado apenas nesta onda”.
Ira Longini, professor de bioestatística da UF e coautor do estudo, disse que aqueles que foram infectados pela ômicron se tornaram infecciosos duas vezes mais rápido.
Segundo ele, a variante tem um período de incubação de três dias em comparação com o período de incubação de cinco dias da variante delta, fazendo com que se espalhe pela Flórida mais rapidamente.
Em Altamonte Springs, amostras recentes da área de serviço de esgoto mostram a maior concentração da variante em águas residuais e mostram que quase 70% dos moradores da área estavam infectados com ômicron.