Um novo relatório da American Lung Association revelou que cerca de 156 milhões de pessoas nos EUA vivem em regiões com níveis insalubres de poluição do ar — o equivalente a 46% da população. O relatório State of the Air analisou dados de 2021 a 2023 e apontou aumento na exposição a poluentes como ozônio e partículas finas, em comparação ao ano anterior. A pior nota (“F”) foi atribuída a áreas com poluição elevada de curto e longo prazo.
Apesar dos avanços desde a aprovação do Clean Air Act em 1970, que reduziu em 78% os principais poluentes, os níveis voltaram a subir nos últimos anos, impulsionados pelas mudanças climáticas. Condições extremas como ondas de calor e incêndios florestais — incluindo a pior temporada de queimadas no Canadá em 2023 — agravaram a qualidade do ar, especialmente em estados do centro e leste do país.
Cidades da Califórnia, como Bakersfield, Visalia e Fresno, lideram a lista das mais poluídas, enquanto Casper, em Wyoming, foi classificada como a mais limpa. O relatório também criticou recentes retrocessos nas regulamentações ambientais, com a EPA planejando rever ou eliminar 31 regras que ajudavam a controlar a poluição do ar. Autoridades alertam que isso pode colocar em risco mais de 50 anos de avanços em saúde pública.
Os efeitos da má qualidade do ar incluem ataques de asma, derrames, câncer de pulmão e até déficits cognitivos. Crianças, idosos, trabalhadores ao ar livre e populações negras são os mais vulneráveis. A American Lung Association pede ação urgente dos legisladores para proteger a população — especialmente comunidades historicamente impactadas pela poluição industrial.
Fonte: CBS