Segundo o New York Times, o governo Trump está considerando medidas econômicas e culturais para enfrentar o declínio das taxas de natalidade nos EUA. A equipe da Casa Branca tem se reunido com defensores de políticas conservadoras para debater formas de incentivar o casamento e a maternidade, num movimento que marca uma guinada pró-natalidade, apoiado por aliados próximos do ex-presidente.
Entre as ideias, estão homenagens simbólicas, como uma “Medalha Nacional da Maternidade” para mães de seis ou mais filhos, e benefícios concretos, como um bônus único de US$ 5 mil por bebê nascido. A estratégia liga o crescimento das famílias a uma suposta renovação nacional, ecoando falas do vice-presidente JD Vance e do CEO da Tesla, Elon Musk — ambos defensores declarados da natalidade como valor social.
Especialistas alertam que a queda contínua da fertilidade ameaça o futuro econômico do país, com possíveis impactos na força de trabalho e nos sistemas de seguridade social. Propostas em análise incluem bolsas de estudo voltadas a pessoas casadas ou com filhos, subsídios para fertilização in vitro e até programas educativos sobre fertilidade natural e ciclos menstruais — iniciativas apoiadas por grupos religiosos conservadores.
No entanto, críticos apontam que muitas dessas políticas reforçam uma visão tradicionalista de família, deixando de fora casais LGBTQIA+, famílias adotivas e mães solo. Especialistas da saúde também criticam a substituição de tratamentos médicos por abordagens ideológicas, como o monitoramento de fertilidade baseado apenas em estilo de vida.
Apesar do entusiasmo entre conservadores, ainda não está claro quantas dessas propostas se tornarão políticas oficiais, já que muitas dependem de aprovação legislativa. O debate, porém, já sinaliza uma tentativa de redefinir os papéis de gênero, maternidade e família nos EUA, com Trump adotando até o apelido de “presidente da fertilização” e conclamando: “Quero um baby boom.”
Fonte: The Economic Times