Mais de 100 universidades dos EUA — entre elas Harvard, Princeton, MIT, Cornell, Brown, Penn e Tufts — assinaram uma carta conjunta condenando a interferência política do presidente Donald Trump no sistema de ensino superior do país.
A carta foi divulgada um dia após Harvard processar o governo Trump, que havia congelado inicialmente US$ 2,2 bilhões em repasses e ameaçado suspender mais US$ 1 bilhão em verbas, na segunda-feira (21). A medida veio depois de desentendimentos com a universidade, que se recusou a atender exigências do governo como mudar lideranças, revisar políticas internas e até fazer auditorias ideológicas em alunos e professores.
Na carta, as instituições afirmam que estão abertas a reformas construtivas, mas rejeitam o uso coercitivo de verbas públicas para pressionar universidades. Elas defendem o papel essencial do ensino superior como espaço livre para troca de ideias, sem medo de censura, punições ou deportações.
Trump tem pressionado universidades, acusando-as de tolerarem o antissemitismo nos protestos contra a guerra em Gaza e por manterem políticas de diversidade. O governo chegou a ameaçar cortar fundos e retirar o status de isenção fiscal de algumas instituições, além de restringir a entrada de estudantes estrangeiros.
Fonte: CBS