A rede de farmácias Walgreens fechou um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e concordou em pagar até US$ 350 milhões após ser acusada de preencher milhões de prescrições ilegais de opioides e outras substâncias controladas nos últimos dez anos.
O acordo prevê o pagamento de pelo menos US$ 300 milhões ao governo, podendo chegar a US$ 350 milhões se a empresa for vendida ou fundida até 2032. A denúncia, apresentada em janeiro, alega que a Walgreens ignorou sinais de alerta e pressionou seus farmacêuticos a liberarem receitas suspeitas entre 2012 e 2023. A empresa também teria buscado reembolso junto a programas federais como o Medicare, mesmo sabendo da ilegalidade de muitas prescrições.
Apesar de negar responsabilidade legal, a Walgreens afirmou que o acordo encerra todas as ações federais, estaduais e municipais sobre o caso e ajuda a focar na recuperação financeira da empresa. O Departamento de Justiça afirmou que farmácias têm obrigação legal de agir com responsabilidade ao lidar com medicamentos controlados.
Além do pagamento, a Walgreens se comprometeu a seguir regras mais rígidas da Agência de Fiscalização de Drogas (DEA), implementar um programa de conformidade com o Departamento de Saúde e manter relatórios regulares sobre sua conduta. A empresa já havia participado, em 2022, de um acordo de mais de US$ 10 bilhões junto com a CVS. No total, mais de US$ 50 bilhões já foram pagos por empresas do setor em acordos ligados à crise dos opioides.
Fonte: ABC