No último domingo (13), o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que não houve qualquer isenção tarifária para eletrônicos importados e que os produtos estão apenas sendo realocados para uma nova categoria de tarifas. A declaração veio após o governo americano, na sexta-feira anterior, anunciar a retirada temporária de tarifas sobre celulares, laptops e outros dispositivos tecnológicos.
Segundo Trump, esses produtos — incluindo chips, semicondutores e monitores — ainda estão sujeitos a tarifas existentes, como a de 20% sobre substâncias relacionadas ao fentanil, e que o país avalia medidas adicionais com foco na segurança nacional. Ele reforçou que os EUA devem reduzir a dependência de países como a China e produzir mais itens internamente.
O secretário do Comércio, Howard Lutnick, também declarou que a suspensão das tarifas é temporária, e que novas cobranças específicas sobre semicondutores devem ser anunciadas em breve. Ele destacou que os EUA precisam fortalecer sua capacidade industrial em áreas estratégicas como eletrônicos, veículos e medicamentos.
A China respondeu às ações americanas, chamando a medida de um “pequeno passo” e cobrando o fim das tarifas recíprocas. Já empresas como Apple, Nvidia e Dell foram diretamente beneficiadas pela pausa, já que grande parte de seus produtos é fabricada na China.
A Apple, por exemplo, antecipou embarques de iPhones produzidos na Índia para evitar os altos impostos de importação sobre produtos chineses, que chegam a 145%. Em contraste, os itens vindos da Índia enfrentam tarifas de 26%. Em 2024, smartphones e laptops foram os dois produtos mais importados pelos EUA da China, movimentando juntos quase US$ 75 bilhões.
Fonte: G1