Mulher é primeira presa e acusada por prática de aborto no Texas

Parteira pode pegar até 20 anos de prisão por interromper gestações e exercer a medicina sem licença. No Texas, o aborto só é permitido em caso de risco de vida para a mãe

Por Lara Barth

Wikimedia Commons
Mulher é primeira presa e acusada por prática de aborto no Texas

No Texas, uma parteira foi presa e processada pela primeira vez sob as rigorosas leis antiaborto do estado, após ser acusada de realizar interrupções de gestação. María Margarita Rojas, de 48 anos, é acusada de exercer a prática ilegal de aborto em uma rede de clínicas que atendia o norte de Houston e áreas vizinhas. Ela também enfrenta acusações de exercer a medicina sem licença, o que pode resultar em até 20 anos de prisão.

Rojas, conhecida como “Dra. María”, foi detida no condado de Waller, e a Procuradoria do Texas pediu o fechamento das clínicas envolvidas. A acusação também inclui a alegação de que as clínicas empregavam pessoas não licenciadas que se faziam passar por profissionais médicos para realizar tratamentos.

A prática do aborto no Texas é altamente restrita, sendo permitida apenas quando há risco para a vida da mãe, mas ativistas denunciam que a falta de clareza nas exceções tem levado médicos a evitar atender esses casos por medo de serem processados. Desde que a Suprema Corte dos EUA anulou a proteção federal ao aborto, o estado assumiu o controle da legislação, e mulheres que buscam interromper a gestação agora viajam para outros estados ou procuram por pílulas abortivas de fora do Texas.

Fonte: G1