O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (24) que qualquer país que adquira petróleo ou gás da Venezuela será sujeito a uma tarifa de 25% nas transações comerciais com os EUA. A medida, chamada de “tarifa secundária”, entrará em vigor no dia 2 de abril, conforme Trump publicou em sua rede social, Truth Social.
Após o anúncio, os preços do petróleo subiram 1% no mercado internacional. Contudo, a mídia internacional indicou que Trump pode ser flexível em relação a alguns setores específicos ao aplicar as tarifas recíprocas, que ele havia prometido em fevereiro. Um funcionário do governo indicou que a situação está em constante evolução e que a decisão final será tomada pelo próprio presidente.
O “Dia da Liberação”, como Trump chamou o anúncio de 2 de abril, tem como objetivo reduzir o déficit comercial de US$ 1,2 trilhão, elevando as tarifas dos EUA para níveis semelhantes aos cobrados por outros países e contrapondo as barreiras comerciais não tarifárias. Trump já mencionou a aplicação de tarifas de 25% sobre automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos, mas concordou em adiar algumas tarifas sobre automóveis devido à pressão das grandes montadoras americanas.
Sua abordagem tarifária tem sido marcada por uma série de ameaças, mudanças e adiamentos, às vezes poucos dias antes das implementações. Até agora, Trump impôs tarifas de 20% sobre as importações chinesas, restaurou tarifas de 25% sobre aço e alumínio de todo o mundo e impôs tarifas de 25% sobre importações do Canadá e México, que não cumpriam o novo acordo comercial da América do Norte.
O governo está focando em países com os maiores superávits comerciais e altas barreiras tarifárias e não tarifárias. Entre os países de interesse estão Argentina, Austrália, Brasil, China, União Europeia, Japão, Coreia do Sul, México, Rússia, Arábia Saudita, Suíça, Taiwan, Turquia, Reino Unido e Vietnã.
Fonte: G1