China cogita venda do TikTok nos EUA para Elon Musk, diz agência

Rede Social classificou a possibilidade como "pura ficção"

Por Lara Barth

Supremo Tribunal dos EUA concorda em ouvir argumentos contra possível banimento do TikTok

A China está considerando vender a subsidiária do TikTok nos Estados Unidos para Elon Musk, caso o aplicativo não consiga evitar um banimento até o próximo domingo (19), de acordo com a Bloomberg. A medida seria uma solução para a crescente pressão do governo dos EUA, que alegou preocupações de segurança nacional. A ByteDance, proprietária do TikTok, preferiria manter o controle do aplicativo, mas a Suprema Corte dos EUA indicou que a proibição provavelmente será mantida.

Musk, que é conhecido por seu apoio ao ex-presidente Donald Trump, poderia administrar o TikTok nos EUA junto com o X (ex-Twitter). O TikTok, com mais de 170 milhões de usuários nos EUA, poderia beneficiar o X, que busca expandir sua base de anunciantes. Musk também tem uma empresa de inteligência artificial, a xAI, que poderia se beneficiar dos dados do TikTok.

No entanto, o governo chinês ainda não tomou uma decisão final e enfrenta desafios, como a necessidade de aprovação para qualquer venda que envolva o algoritmo do TikTok, que é protegido por leis de exportação chinesas. Além disso, o futuro do TikTok nos EUA poderia ser avaliado em cerca de US$ 40 a US$ 50 bilhões, uma soma considerável para Musk, que comprou o X por US$ 44 bilhões em 2022.

O TikTok classificou a possibilidade de venda para Musk como “pura ficção” e disse que não ia fazer mais comentários sobre o assunto. A rede social ainda manteve seu posicionamento inicial, garantindo que não venderá suas operações nos EUA.

Embora discussões sobre a venda tenham ocorrido, não está claro se as negociações envolvem a ByteDance ou se o governo dos EUA aprovaria a transação. A batalha legal nos tribunais continua, com a ByteDance buscando evitar a venda ou o fechamento de suas operações. Enquanto isso, alternativas como a criação de um aplicativo com uma nova marca também estão sendo consideradas.

Fonte: Folha de S. Paulo