O governo de Donald Trump anunciou, nesta terça-feira (21), uma mudança significativa em sua política de imigração, permitindo que os agentes de Imigração e Fiscalização Aduaneira (ICE) realizem operações em locais antes considerados protegidos, como igrejas e escolas. A decisão põe fim a uma norma de 2011 que proibia ações em "áreas sensíveis", onde migrantes podiam buscar refúgio.
Em um comunicado, Benjamine Huffman, secretário interino de Segurança Interna, afirmou que os criminosos não poderão mais se esconder em escolas e igrejas para evitar a prisão, garantindo que os agentes terão maior liberdade de atuação, mas com "bom senso". A medida faz parte de uma série de ações que visam endurecer a fiscalização sobre imigrantes, além de anunciar o fim gradual de programas de liberdade condicional humanitária. Esses programas, criados para proteger imigrantes de países em crise, permitiam que permanecessem temporariamente nos EUA enquanto aguardavam decisões judiciais.
A administração Trump criticou as políticas do governo Biden-Harris, que, segundo eles, teriam incentivado a entrada de 1,5 milhão de migrantes, e afirmou que agora as análises de casos serão mais rigorosas. Grupos de defesa dos direitos dos imigrantes, no entanto, alertam que essa nova abordagem pode aumentar o medo nas comunidades migrantes, especialmente aquelas que dependem de instituições como escolas e igrejas para apoio.
Nas redes sociais, circulam vídeos com dicas para imigrantes, ensinando a alertar sobre a chegada das autoridades com o grito “La Migra” para evitar prisões.
Fonte: Terra, O Globo
