Antes de deixar o cargo, o presidente Joe Biden anunciou, nesta segunda-feira (20), que concederia perdões preventivos a várias pessoas que poderiam ser alvo de perseguições após o retorno de Donald Trump à Casa Branca. Entre os perdoados estão o Dr. Anthony Fauci, o General Mark A. Milley e membros da comissão da Câmara dos Representantes que investigou o ataque ao Capitólio de 6 de janeiro, incluindo seus assistentes.
Biden justificou a medida afirmando que esses "servidores públicos serviram à nação com honra e distinção" e não mereciam ser alvo de acusações "injustas e politicamente motivadas". Ele ainda destacou que os perdões não devem ser interpretados como uma admissão de culpa, mas como um reconhecimento pelo trabalho prestado ao país.
Esses indivíduos, especialmente Fauci e Milley, têm sido alvos frequentes de ataques e ameaças vindas de membros do Partido Republicano, que os acusam de cometer erros ou traições durante o governo Trump. Biden, que sempre defendeu o Estado de Direito, afirmou que, embora a lei deva prevalecer sobre a política, as circunstâncias atuais exigem que ele atue.
Nos últimos dias, cresceu a especulação sobre a possibilidade de Trump retaliar os membros da comissão de 6 de janeiro. Trump acusou os integrantes de "destruir provas" e afirmou que todos deveriam ser presos. No entanto, alguns membros da comissão, como o deputado Bennie Thompson, expressaram que aceitariam um perdão preventivo caso fosse oferecido. Já outros, como os deputados Pete Aguilar e Adam Kinzinger, se opuseram à ideia, alegando que não cometeram nenhum crime e que aceitar um perdão poderia ser interpretado como uma admissão de culpa.
A medida ocorre em um contexto onde Biden tem concedido mais perdões e comutações de penas do que qualquer outro presidente na história, incluindo perdões a cerca de 1.500 pessoas e comutações de sentenças de quase 2.500 presos. Em dezembro, ele também concedeu um perdão preventivo a seu filho Hunter Biden, que enfrentava acusações criminais.
Fonte: CBS
