A investigação sobre o ataque com um veículo em Bourbon Street, em Nova Orleans, continuou na quinta-feira (2) após o motorista atropelar uma multidão de foliões no Dia de Ano Novo, matando pelo menos 14 pessoas e deixando dezenas de feridos. O FBI afirmou que o homem postou vídeos declarando seu apoio ao ISIS, e onde discutiu o planejamento para matar a própria família e afirmou que teve sonhos que o inspiraram a se juntar ao grupo terrorista, momentos antes do ataque.
O motorista, identificado como Shamsud-Din Jabbar, de 42 anos e natural do Texas, foi morto pela polícia logo após dirigir seu caminhão na multidão. Ele havia servido no exército dos EUA, incluindo uma missão de 11 meses no Afeganistão, sendo dispensado em 2015. Nos últimos anos, Jabbar trabalhava com imóveis em Houston.
O FBI inicialmente informou que 15 pessoas morreram no ataque, excluindo o motorista, mas o número foi corrigido na quinta-feira, com o legista de Nova Orleans afirmando que a cifra incluía também o atacante.
A motivação do ataque ainda está sendo investigada. O FBI mencionou a possibilidade de Jabbar ter tido ajuda, mas mais tarde descartou essa hipótese, afirmando que ele agiu sozinho. O ataque foi claramente "inspirado 100% pelo ISIS", afirmou o FBI, mas o motivo específico para escolher Bourbon Street ainda é incerto. Durante o percurso entre Houston e Nova Orleans, Jabbar postou cinco vídeos, nos quais proclamou seu apoio ao ISIS e disse ter se juntado ao grupo terrorista antes do verão de 2024.
Na manhã de quarta-feira, após a virada do ano, Jabbar dirigiu uma picape na calçada de Bourbon Street, desviando de barreiras, e atropelou a multidão. Depois, desceu do veículo e começou a disparar contra policiais, sendo morto após troca de tiros com três agentes. A polícia de Nova Orleans confirmou que ele foi atingido pelos disparos e morreu no local.
Os investigadores também encontraram dois artefatos explosivos improvisados (IEDs) no French Quarter, que estavam ativos, mas foram neutralizados no local. O FBI também informou que Jabbar estava armado com um rifle estilo AR-15 e uma pistola, e usava colete à prova de balas.
A investigação continua, com a análise de três celulares e dois laptops encontrados com Jabbar, além de várias entrevistas realizadas. O FBI confirmou que não há evidências de que ele tenha sido auxiliado por outras pessoas.
Fonte: CBS