Em uma mudança significativa que pode economizar tempo e dinheiro para os consumidores americanos, a Comissão Federal de Comércio (FTC) anunciou nesta terça-feira (17) a implementação de uma nova regra que proíbe as chamadas "junk fees" (taxas extras) em ingressos para eventos ao vivo, hotéis e aluguéis de férias.
A regra exigirá que as empresas informem os preços totais de forma transparente logo de início, ao invés de adicionar custos extras, como "taxas de conveniência" ou "taxas de resort", quando o consumidor finaliza uma compra online.
"O preço que você vê é o preço que você vai pagar no final, sem mais taxas-surpresa no fim do processo, que realmente enganam os consumidores e também punem as empresas honestas", disse Lina Khan, presidente da FTC, em uma entrevista exclusiva à ABC News.
A FTC afirmou que a regra final, que entrará em vigor por volta de abril do próximo ano, pode economizar aos consumidores 53 milhões de horas de tempo perdido procurando o preço total de ingressos para eventos ao vivo ou hospedagens de curto prazo, o que equivale a cerca de US$ 11 bilhões em economias ao longo de uma década.
A regra não impediria as empresas de cobrarem taxas, mas elas seriam obrigadas a listar os preços de forma clara desde o início e a exibir o custo total de maneira mais destacada no site do que qualquer outro preço.
A mudança faz parte de uma iniciativa mais ampla da administração do presidente Joe Biden para reduzir os custos, já que as famílias enfrentam uma inflação persistente. Na semana passada, o Escritório de Proteção Financeira do Consumidor anunciou uma regra final para limitar as taxas de cheque especial dos bancos.
A Câmara de Comércio dos EUA se opôs à regra, chamando-a de "uma tentativa de microgerenciar as estruturas de preços das empresas, muitas vezes prejudicando a capacidade das empresas de oferecer opções a preços diferentes aos consumidores."
O grupo de lobby empresarial já processou a FTC por outras regulamentações, incluindo uma regra que proíbe acordos de não concorrência para milhões de trabalhadores.
Fonte: ABC