Inflação acelera em outubro, em primeira visão dos preços após a eleição

Os novos dados quebraram uma sequência de seis meses consecutivos de queda na inflação

Por Lara Barth

Inflação acelera em outubro, em primeira visão dos preços após a eleição

Os preços ao consumidor subiram 2,6% em outubro em comparação com o ano anterior, mostrando um pequeno aumento em relação ao mês anterior e revertendo parcialmente o resfriamento observado nos últimos meses, de acordo com os dados do Bureau de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos, divulgados nesta quarta-feira (13). O relatório mais recente correspondeu às expectativas dos economistas.

Esta atualização oferece uma visão do aumento de preços pouco mais de uma semana após a inflação ter sido apontada como um fator que ajudou o ex-presidente Donald Trump a vencer as eleições. Os dados interromperam uma sequência de seis meses consecutivos de redução na inflação.

A inflação subjacente — uma medida cuidadosamente observada que exclui os preços voláteis de alimentos e energia — aumentou 3,3% no ano até outubro, mantendo-se estável em relação ao mês anterior.

Os preços dos alimentos subiram 2,1% no ano até outubro, marcando um aumento mais lento do que a taxa geral. Alguns itens comuns de supermercado, como pão branco, bacon e bananas, tiveram uma queda nos preços. No entanto, o preço dos ovos disparou impressionantes 30% no ano, devido principalmente a um surto de gripe aviária que devastou a oferta.

Os preços dos combustíveis foram um ponto positivo no relatório de quarta-feira, caindo mais de 12% no ano até outubro. Os preços da gasolina geralmente caem nos últimos meses do ano, já que os motoristas reduzem o consumo após a temporada de viagens intensas no verão.

De modo geral, a inflação desacelerou consideravelmente desde o pico de 9% alcançado em 2022, agora ficando perto da meta de 2% do Federal Reserve (Fed).

Ainda assim, os formuladores de políticas do Fed preveem que a inflação deve continuar a cair para níveis mais normais no próximo ano, atingindo a meta do banco central em 2026, de acordo com as projeções divulgadas em setembro.

Fonte: ABC