O ex-deputado da Flórida, Matt Gaetz, anunciou nesta quinta-feira (21) que está retirando sua nomeação para o cargo de Procurador-Geral.
Na semana passada, o presidente eleito, Donald Trump, havia escolhido Gaetz para liderar o Departamento de Justiça como o principal oficial de segurança pública do país. Gaetz rapidamente renunciou ao seu cargo na Câmara dos Deputados e esteve no Capitólio na quarta-feira, acompanhado pelo vice-presidente eleito JD Vance, senador de Ohio, para se reunir com republicanos no Comitê Judiciário do Senado, que supervisionaria suas audiências de confirmação.
Gaetz explicou em uma postagem nas redes sociais que, apesar de ter tido "reuniões excelentes" com senadores, sua batalha pela confirmação estava desviando a atenção do trabalho crucial da nova administração de Trump.
?"Embora a pressão fosse forte, ficou claro que minha confirmação estava se tornando uma distração injusta para o trabalho essencial da Transição Trump/Vance", escreveu Gaetz. "Não há tempo a perder com uma briga prolongada em Washington, por isso estou retirando meu nome da consideração para o cargo de Procurador-Geral. O DOJ de Trump precisa estar em funcionamento e pronto desde o primeiro dia.”
Em resposta à decisão de Gaetz, Trump escreveu nas redes sociais: "Aprecio muito os recentes esforços de Matt Gaetz em buscar aprovação para ser Procurador-Geral. Ele estava indo muito bem, mas, ao mesmo tempo, não queria ser uma distração para a Administração, pela qual tem muito respeito." Ele previu que Gaetz tem um "futuro maravilhoso" pela frente.
A nomeação de Gaetz foi rapidamente envolta em controvérsia, já que ele estava sendo investigado pelo Comitê de Ética da Câmara por acusações de má conduta sexual e uso ilícito de drogas. Ele negou qualquer irregularidade e classificou a investigação como uma "calúnia". Gaetz acusou o ex-presidente da Câmara, Kevin McCarthy, de ser responsável pela investigação, por conta da sua derrubada liderada por Gaetz no ano passado.
?O Departamento de Justiça também conduziu uma investigação sobre Gaetz, com alegações de tráfico sexual e obstrução de investigações. Os promotores decidiram não apresentar acusações contra Gaetz no ano passado.
Essa é a primeira grande derrota nos esforços de Trump para preencher sua equipe para o segundo mandato. A escolha de Trump para secretário de Defesa, o ex-apresentador do Fox News Pete Hegseth, também está sendo investigada após acusações de agressão sexual em 2017. Um relatório policial forneceu detalhes do incidente, que Hegseth alegou ter sido consensual. Ele negou as acusações.
