Harris discursa e aceita indicação em última noite de Convenção do Partido Democrata

A candidata afirmou que fará um governo para todos, acima de qualquer partido

Por Lara Barth

Candidata aceita formalmente a indicação do Partido Democrata

Na última noite de Convenção do Partido Democrata, na quinta-feira (22), Kamala Harris, candidata à Presidência dos Estados Unidos, discursou e aceitou formalmente a indicação para concorrer nas eleições de novembro.

A democrata falou sobre mulheres, alertou eleitores sobre um possível risco à democracia caso Donald Trump seja eleito e pregou união entre o povo americano.

A candidata disse que fará um governo acima de qualquer partido. Ela também defendeu imigrantes que vivem no país legalmente.

"Nossa nação tem uma oportunidade preciosa e fugaz de superar a amargura, o cinismo e as batalhas divisivas do passado. Uma chance de traçar um novo caminho a seguir. Não como membros de nenhum partido ou facção. Mas como americanos", disse.

Kamala também citou as condenações de Trump na Justiça e disse que o ex-presidente tem a intenção de libertar extremistas que participaram do ataque ao Capitólio e prender opositores. Ela afirmou que Trump vai usar o poder de presidente, se for eleito, para servir aos próprios interesses e de amigos bilionários. Também disse que o republicano representa o passado e que cortaria benefícios sociais.

A proteção das mulheres, principalmente dos direitos reprodutivos, é um dos principais pilares da campanha de Kamala. Ela garantiu que sancionará uma lei para restaurar os direitos reprodutivos femininos, caso o texto seja aprovado no Congresso.

"Acredito que a América não poderá ser próspera a menos que os americanos sejam totalmente capazes de tomar decisões sobre suas próprias vidas, especialmente em questões do coração e do lar", afirmou.

Sem fugir de um dos atuais tópicos políticos mais polêmicos, Kamala Harris defendeu o direito de Israel de se defender, mas afirmou que o que aconteceu na Faixa de Gaza nos últimos 10 meses é "devastador". Neste momento, a democrata tentou se equilibrar entre dois grupos de eleitores importantes para os democratas – os judeus e os árabes-americanos.

Ainda falando sobre política internacional, Kamala falou que ditadores e terroristas estão torcendo pela eleição de Donald Trump. A democrata falou que jamais vai se submeter aos interesses de países como o Irã.

A democrata defendeu cortes nos impostos para a classe média e um aumento nas taxas para grandes corporações e bilionários. Kamala também prometeu tornar a compra de imóveis mais acessível e reduzir o preço de alimentos e medicamentos.

Fonte: G1