O número de nascimentos nos Estados Unidos caiu novamente entre 2022 e 2023, de acordo com novos dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
A taxa de natalidade nacional vem diminuindo constantemente nos últimos 17 anos, com uma queda particularmente acentuada entre 2007 e 2009, durante a Grande Recessão. Entre 2007 e 2022, a taxa de natalidade dos EUA caiu quase 23%, de acordo com dados do CDC.
Foram 3.596.017 nascimentos registrados em 2023, cerca de 2% a menos do que em 2022, com 3.667.758 nascimentos registrados.
A taxa geral de fertilidade caiu quase 3% no ano passado, para 54,5 nascimentos por 1.000 mulheres entre 15 e 44 anos de idade. Isso representa uma queda em relação à taxa de 2022 de 56 nascimentos por 1.000 mulheres.
O número de casos de gravidez na adolescência - que vêm diminuindo quase todos os anos desde a década de 1990 - continua a diminuir. A taxa de natalidade entre mães adolescentes caiu 4% entre 2022 e 2023, de 13,6 para 13,1 nascimentos por 1.000 meninas de 15 a 19 anos, segundo o CDC.
Em 2007, a taxa de fertilidade geral atingiu um nível nunca visto desde a década de 1990, com 69,5 nascimentos por 1.000 mulheres entre 15 e 44 anos - um ponto percentual a mais do que no ano anterior. Desde então, a taxa de natalidade caiu, em parte, devido ao alto custo de ter filhos e às preocupações com a estabilidade econômica futura, de acordo com Sarah Hayford, diretora do Institute for Population Research da Universidade Estadual de Ohio.
Hayford acrescentou que o declínio pode estar ligado às mudanças culturais em relação à família que estão ocorrendo no país.
“Não ter filhos, ou ter menos filhos, está se tornando socialmente mais aceitável”, disse Hayford ao The Hill. “Como resultado, as pessoas estão ponderando com mais cuidado sua decisão.”
Em sua opinião, o declínio da taxa de natalidade não é necessariamente um motivo de preocupação, acrescentou ela. As mudanças nas estruturas familiares e na demografia da população “levantam questões políticas”, disse ela, mas essas questões não são inerentemente mais difíceis de encontrar soluções do que outras.
“Se as pessoas quiserem ter filhos, mas não puderem por causa de restrições econômicas, para mim isso sim seria motivo de preocupação”, disse Hayford.
Fonte: The Hill
