Patricia Lelis é procurada pelo FBI, acusada de se passar por advogada de imigração e aplicar golpes nos EUA

Por Arlaine Castro

Patrícia de Oliveira Souza Lélis Bolin, 29 anos, é acusada de desviar U$ 700 mil (R$ 3,4 milhões) para uso pessoal.

Patricia Lelis é acusada pela justiça americana de se passar por advogada de imigração e ter se apropriado de R$ 3,4 milhões de imigrantes. Ela é procurada pelo FBI, mas nega as acusações e se diz alvo de perseguição.

De acordo com o Departamento de Justiça norte-americano, Patrícia de Oliveira Souza Lélis Bolin, 29 anos, é acusada de desviar U$ 700 mil (R$ 3,4 milhões) para uso pessoal. Em publicação nas redes sociais, Patrícia negou ter cometido irregularidades.

De acordo com a acusação, que está em andamento na Justiça da Virgínia, Patrícia Lélis teria pedido o dinheiro alegando que auxiliaria na obtenção de vistos, tipo E-2 e EB-2, aos Estados Unidos. Os tais vistos permitem que estrangeiros tenham residência permanente no país e possam tentar a cidadania, caso invistam em média U$ 1 milhão (R$ 3,4 milhões) em empresas do país.

A acusação afirma que, em vez de usar o dinheiro no processo dos vistos, Patrícia usou o montante para reformar a casa dela, em Arlington, Condado na Virgínia, além de custear despesas pessoais, como cartões de crédito. Ela teria fornecido, aos eventuais clientes, um número de processo falso. O FBI informou que busca informações sobre o paradeiro da mulher.

"Lélis Bolin é acusada de fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade agravado. Lélis Bolin enfrenta uma pena máxima de 20 anos de prisão se for condenada por envolvimento em fraude eletrônica, um máximo de 10 anos se for condenada por transações monetárias ilegais e um mínimo obrigatório de dois anos adicionais de prisão se for condenada por roubo de identidade agravado. As sentenças reais para crimes federais são normalmente inferiores às penas máximas", destaca

Na sexta-feira (12), o Departamento de Justiça da Virgínia postou a seguinte nota: “Até o momento desta publicação de imprensa, Lelis Bolin não se encontra sob custódia policial. Se algum membro do público tiver informações sobre o paradeiro de Lélis Bolin, incentivamos a entrar em contato com o escritório de campo do FBI em Washington pelo telefone (202) 278-2000 ou com a linha de denúncias do FBI pelo telefone 1-800-CALL-FBI (1-800- 225-5324). As informações também podem ser enviadas online usando o formulário eletrônico de denúncias do FBI em https://tips.fbi.gov.

O que diz Patricia

Pelas redes sociais, Patrícia afirmou que está "refugiada" e disse ter saído dos Estados Unidos. "Sim, o FBI no USA está me 'procurando'. Mas já sabem exatamente onde estou como exilada política. Foram meses de perseguições e falsas acusações. Meu suposto crime: Não aceitei que me fizessem de bode expiatório contra aqueles que considero como meus irmãos por cultural e principalmente por lado político e sim, "roubei" todas as provas que puder para mostrar o meu lado da história e garantir minha segurança. E esses documentos já foram entregues ao governo que me garantiu asilo político", escreveu a jovem, sem informar onde está.

Em 2016, Lelis acusou o deputado Marco Feliciano (PL-SP) de estupro, mas o caso foi encerrado porque a polícia concluiu que não havia elementos que corroboravam com a acusação, e ela virou ré em uma acusação de tentativa de extorsão de um assessor do deputado. Em 2018, ela concorreu ao cargo de deputada federal. Ela também se envolveu em polêmicas nas redes sociais com a família do ex-presidente Jair Bolsonaro. Depois disso, ela se mudou para os EUA.

Com informações do Metrópoles.