Congresso dos EUA cassa mandato de George Santos, deputado filho de brasileiros
A Câmara dos Estados Unidos votou nesta sexta-feira (1º) pela expulsão (cassação de mandato) do deputado republicado George Santos, de Nova York, por violações éticas.
A resolução exigia uma maioria de dois terços dos votos para ter sucesso. Santos é acusado de uma série de irregularidades, desde mentir sobre seu currículo a uso ilegal de dinheiro de campanha e responde a 23 acusações na Justiça.
O presidente da Câmara, Mike Johnson, anunciou que 311 membros votaram pela expulsão de Santos. Outros 114 votaram contra a expulsão, com dois membros registrando-se como “presentes”.
George Santos também se tornou o primeiro membro do Congresso a ser expulso desde a Guerra Civil que não foi condenado por um crime. Na história americana, ele agora é o sexto legislador expulso pela Câmara.
Aos 35 anos, Santos, enfrentou acusações criminais de financiamento de campanha e admitiu ter mentido a respeito de grande parte de sua biografia.
Na terça-feira (28), já pressionado, Santos disse que não iria renunciar: “Se eu renunciar, facilitarei as coisas para este lugar. Este lugar é administrado com base na hipocrisia. Cansei de desempenhar um papel no circo. Se quiserem que eu deixe o Congresso, terão que fazer uma votação difícil”.
Entre outras coisas, ele é acusado de utilizar dinheiro de doações em cirurgias com técnicas de botox e como usuário do site pornográfico Onlyfans, fraude com cartões de crédito e roubo de identidade. Também é acusado de receber seguro-desemprego ao qual não tinha direito durante a pandemia do coronavírus, antes de sua eleição.
O que acontece
De acordo com um ex-deputado da Câmara, uma expulsão é administrativamente tratada da mesma forma que uma vaga aberta por morte ou renúncia. O secretário da Casa assume o controle e toma decisões em nome do gabinete do deputado cassado.
O secretário informará o governador de Nova York que agora há uma vaga. Cabe então ao governador agendar uma nova eleição para substituí-lo.
Fonte: CNN e Reuters.