Cachorro desaparece em viagem do Brasil para a Flórida

Por Arlaine Castro

Apollo é um yorkshire de dois anos e porte pequeno, levado pela empresa de transportes de animais Carriage, de São Paulo.

Um cachorro de estimação desapareceu durante a viagem do Brasil para a Flórida. A tutora, que pagou $ 12 mil pelo transporte, denuncia a empresa de transporte de pets.

Luana Camargo, dona do Apollo - um cão yorkshire, de dois anos e porte pequeno -, contratou o serviço da Carriage, empresa especializada no transporte de pets em São Paulo, segundo o jornal Metrópoles. Os funcionários disseram à ela possuir um escritório de apoio em Houston, no Texas, o que facilitava os trâmites para a entrada e estadia do animal.

Ela então acertou o valor para que Apollo fosse legalmente de São Paulo para o Texas e, em seguida, para Miami, sul da Flórida, onde passaria as férias com a família.

Apollo foi entregue no dia 11 de novembro à empresa especializada para a primeira parte da viagem de avião. No dia seguinte, diz ter recebido vídeos, imagens e mensagens de que seu cachorro estava bem e já a caminho do aeroporto. A partir do momento em que ele embarcou, na noite de 12, ela não teve mais notícias. Dois dias após o embarque, ela recebeu um telefonema dizendo que seu pet havia desaparecido na fronteira com o México.

Travessia pela fronteira

Sem que Luana soubesse, a empresa contratada havia, na verdade, tentado atravessar o cão de carro pela fronteira mexicana por meio de um coiote – termo utilizado para descrever contrabandistas que transportam imigrantes ilegalmente para os EUA.

Por meio de trocas de mensagens com funcionários, Luana foi informada que o cachorro havia chegado em Houston e se encontrava em bom estado. Mas no dia 14, o próprio Bruno Kapfenberger, dono da empresa, telefonou para contar que o cão havia sumido.

Ela pressionou a empresa para saber de verdade o que aconteceu e onde está seu cachorro e descobriu que Apollo havia sumido em McAllen, uma cidade texana de 145 mil habitantes na fronteira com o México, que não estava incluída no roteiro de viagem.

Um dos funcionários admitiu a ela que o cão, na verdade, havia embarcado para a Cidade do México e que seu translado até os EUA seria por terra, através de um homem identificado como Alejandro Pacheco.

Ao contatar o próprio Alejandro, ela foi informada de que Apollo foi enviado de carro a Monterrey e que chegou até McAllen, também de carro, por meio do estado mexicano de Tamaulipas.

Ciente de que o cachorro havia entrado de forma irregular, e fugindo ao que havia sido combinado ao contratar a empresa, Luana denunciou a história nas redes sociais, acionou a Justiça e entrou em embate direto com Bruno e a Carriage. Os cerca de R$ 12 mil foram devolvidos, mas o cachorro continua desaparecido.

Ao denunciar o caso nas redes sociais, Luana descobriu outros clientes que também relataram ter sofrido com serviços da Carriage, não só do envio para os EUA, mas também para outros países. Os relatos incluem sumiço de animais, denúncias de maus tratos e acusações contra Bruno.