"Esta não cidadã indocumentada fugiu para Massachusetts para escapar da justiça em seu país de origem", disse Todd Lyons, diretor do escritório de campo do ERO Boston. "Ela é uma traficante de drogas condenada que demonstrou um flagrante desrespeito pelas leis de sua terra natal, bem como pelas leis de imigração nos EUA. O ERO Boston não permitirá que tais criminosos usem nossos bairros da Nova Inglaterra como um porto seguro. Devemos mais do que isso aos nossos residentes."
De acordo com o ERO Boston, a brasileira entrou nos EUA pelo Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York, em março de 2020, legalmente com visto de visitante e foi autorizada a permanecer até setembro de 2020. Porém, não há registro de saída do país.
Reisla Regina Silva da Vitoria foi condenada por tráfico de drogas a cinco anos e dez meses de prisão em fevereiro de 2022. Em dezembro do mesmo ano, a 3ª Vara Criminal da Comarca de Assis/São Paulo expediu mandado de prisão contra ela e, em 18 de julho, as autoridades notificaram o ERO Boston de que o não cidadão indocumentado era estrangeiro foragido.
Os oficiais do ERO a transportaram para Burlington, onde ela foi registrada, processada, emitida e intimada. Ela permanecerá sob custódia do ERO enquanto aguarda sua remoção para o Brasil.
Como uma das três diretorias operacionais do ICE, o ERO é a principal autoridade policial federal responsável pela fiscalização da imigração doméstica nos EUA.
Extradição
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) pediu "máxima urgência" nas providências para a extradição da cantora brasileira.
No despacho do Departamento Estadual de Execução Criminal, assinado pelo juiz José Augusto Franca Júnior, na segunda-feira, 31 de julho, é determinado a preparação da lista de documentos exigidos para que mulher condenada por tráfico internacional de drogas seja extraditada para o Brasil, informou O Globo.
A próxima audiência judicial da brasileira está marcada para o dia 10 de agosto.
Reisla da Vitória foi presa em flagrante com três quilos de cocaína em um ônibus que saiu de Corumbá (MS) com destino à cidade de São Paulo, em em 23 de outubro de 2019. Após a prisão, ela confessou o crime e foi condenada a cinco anos e oito meses de prisão em fevereiro de 2022. Porém, ela já vivia nos EUA. A cantora mudou de país quando já havia sido condenada em primeira instância e aguardava o resultado de um recurso.
Ela se apresentava em restaurantes e bares brasileiros na região de Boston.