Os Estados Unidos continuam com as restrições de entrada de brasileiros no país, decretada inicialmente em maio do ano passado. Um dos motivos apontados para a manutenção da proclamação é a nova cepa da covid-19 (P1) que foi identificada no Brasil. Além disso, o ritmo lento de vacinação no país preocupa o governo norte americano.
Segundo especialistas, apesar de grande expectativa para a volta à normalidade, a medida restritiva pode ser mantida pelos próximos meses e brasileiros que necessitam viajar aos EUA ainda precisam passar por uma quarentena obrigatória de 14 dias em outro país.
Além de encarecer a viagem, profissionais da área argumentam que a quarentena em outro país não é garantia de sucesso na hora de atravessar a fronteira dos Estados Unidos. Os agentes de fronteira têm feito perguntas relacionadas à localização de origem do passageiro no Brasil e se o viajante teve contato com alguma pessoa infectada.
As restrições estão em vigor para imigrantes e não imigrantes que estejam viajando para fins que as autoridades americanas não considerem essenciais. Além disso, o veto não se restringe a viagens de avião, e sim quaisquer meios de transporte, incluindo balsas, trens, automóveis e portos.
Além do aspecto do turismo, a medida afeta a comunidade brasileira residente no país norte-americano. Muitos familiares, portadores do visto de turista, estão afastados desde a implementação da medida, encontrando dificuldades para visitar os parentes.
Outro impacto negativo para a comunidade brasileira nos EUA é nos negócios, já que muitos dos brasileiros que possuem imóveis no país estão tendo dificuldades em acompanhar suas propriedades.
A sensação de insegurança na comunidade brasileira nos Estados Unidos é grande, já que muitos têm medo de sair do país e não conseguirem voltar.
Entretanto, especialistas se mostram um pouco mais otimistas que as restrições comecem a ser revistas ainda esse ano, mesmo que de forma lenta.
O conceito de “passaporte de vacinas” tem sido debatido na área de viagens e turismo, e alguns países já suspenderam a quarentena obrigatória para visitantes que já foram vacinados. Esse é um desafio a ser solucionado pelas empresas já que o “passaporte” pode restringir a viagem a qualquer pessoa que não esteja vacinada.
Além das dúvidas sobre a efetividade da imunização oferecida pelas vacinas, muitos argumentam que o “passaporte de vacina” pode restringir e segregar, uma vez que pessoas que aguardam suas doses, devido a falta de oferta, estariam prejudicadas.
Apesar das dúvidas, especialistas estão esperançosos que o setor de viagens comece a ter um aumento de demanda ao final do ano, conforme as vacinas forem se tornando acessíveis em grande escala.
Fontes: CNN Brasil e Onevox Press Brazil