Principal instância de mobilização dos povos originários, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) completa duas décadas em 2025. Criada durante o segundo Acampamento Terra Livre (ATL), evento que, em 2025, chegou a sua 21ª edição, integrando o chamado Abril Indígena, a entidade tornou-se uma referência nacional, promovendo a união entre as centenas de etnias que habitam o país.
Às vésperas do Dia dos Povos Indígenas, data que promove a diversidade e a riqueza das culturas dos povos originários, chamando a atenção para a luta dos quase 1,7 milhão de brasileiros que, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), se declaram indígenas, a
Agência Brasilentrevistou duas lideranças do movimento que participaram ativamente da criação da Apib.
O hoje chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério dos Povos Indígenas, Jecinaldo Barbosa Cabral, do povo sateré-mawé, era coordenador-geral da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) quando lideranças indígenas decidiram que o movimento precisava de uma nova instância de representação nacional, nos moldes de experiências anteriores. Francisco Avelino Batista, o Chico Preto, do povo Apuriña, que militava no movimento desde o fim da década de 1970, foi um dos primeiros coordenadores da Apib.