Movimentos de moradores de favelas e familiares de vítimas da violência policial estão mobilizados em defesa da ADPF 635
. Reunidos em um coletivo chamado de “Coalizão ADPF das Favelas”, eles acompanham o retorno do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (3), em Brasília.
A ação foi protocolada em 2019 pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB).
A partir dela, a Corte já determinou medidas para reduzir a letalidade durante operações realizadas pela PM do Rio contra o crime organizado nas comunidades da capital fluminense. Entre elas, a obrigação de divulgar dados sobre mortes, permitir buscas domiciliares somente em flagrante delito, preservar local e vestígios de crime, e instalar câmeras nas fardas.A Coalização das Favelas criou uma vaquinha online para levantar recursos e viajar até Brasília para pressionar o STF. O grupo tem como lema “Nenhuma decisão sobre nós, sem nós!”, para reforçar o protagonismo e a defesa das vidas faveladas. Está previsto um ato em frente ao STF.
Entre as bandeiras, estão a implementação de um plano para redução efetiva da letalidade policial; transparência nas ações policiais, como câmeras em fardas e viaturas; presença de socorristas e proteção a crianças e outros grupos vulnerabilizados em operações; e diretrizes para investigação de homicídios cometidos por policiais, incluindo apuração independente.