Turismo e crise climática: os caminhos sustentáveis para a Amazônia
É início de dezembro em Manaus, e o calor é escaldante. O Amazonas enfrenta a pior seca da história, com níveis de água baixíssimos, como nunca se viu antes. No percurso de lancha até o encontro dos rios Negro e Solimões, o guia indica no horizonte partes de terra do continente e das ilhas que já deveriam estar cobertas por água.
Toda a região sente os efeitos sociais e econômicos da estiagem. Um dos setores mais afetados é o turismo, fonte de renda para boa parte da população. O calor e a seca afastam os visitantes, porque muitas atividades estão prejudicadas.
“Os ribeirinhos sofrem, principalmente aqueles que recebem gente de fora de Manaus. O pessoal que oferece a pesca do pirarucu, aqueles que trabalham com restaurante. Diminuem, por exemplo, as atividades de focagem de jacaré, que a gente costuma fazer durante a noite. E na seca fica muito difícil de ver jacaré. E também atrapalha muito a vida da gente que trabalha transportando os turistas pelo rio, porque nem todos os lugares estão navegáveis”, explica o guia turístico e capitão de lancha Rodrigo Amorim.