O Caminhos da Reportagem desta segunda-feira (16) mostra o panorama do futebol feminino e os obstáculos vividos pelas meninas e mulheres que querem ser jogadoras da modalidade no país. O episódio inédito Futebol Feminino: Do Sonho à Copa vai ao ar às 23h30, na TV Brasil
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"Desde pequenininha, eu sempre acompanhei muito esporte, qualquer esporte em si. Sempre fui voltada para o esporte, mas quando encontrei o futebol, eu sabia que era lá que eu ia seguir para minha vida", conta Duda Gil, goleira de 14 anos do projeto social Daminhas da Bola, de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense (foto em destaque).
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) registra que há mais de 7,3 mil jogadoras amadoras no Brasil e 801 que atuam em equipes profissionais. Esses dados não englobam jogadoras de futebol de salão e futebol de sete, modalidades que geralmente são a porta de entrada de meninas no futebol feminino de campo, mas não são geridas pela confederação.
Segundo o diagnóstico do futebol feminino do Brasil, feito pelo Ministério do Esporte em 2023, 84% das atletas em categorias de base jogam em times das regiões Sul e Sudeste (50% em cada). Deste total, 73% das meninas nasceram em estados das duas regiões. O restante é formado por jogadoras emigrantes, mas ainda que no eixo Sul e Sudeste se concentre as oportunidades para as iniciantes, as jovens jogadoras ainda têm que driblar diversos desafios para alcançar um lugar em um clube profissional.
"Muito difícil, principalmente para as meninas mais novas. É um cenário complicado, porque hoje, principalmente no Rio de Janeiro, as meninas não encontram ambientes de formação focados só para o feminino. A gente encontra centenas de escolas de futebol masculino, mas não escolas e projetos focados no futebol feminino", avalia Joyce Barros, coordenadora do projeto Daminhas da Bola.