Parapan: Brasil é ouro no tiro com arco e garante vaga em Paris 2024
O arqueiro cearense Eugênio Franco teve muito o que comemorar nesta quarta-feira (22) no Parapan de Santiago (Chile). O atleta de 63 anos – o mais experiente da delegação brasileira na capital chilena – garantiu a medalha de ouro ao ganhar por 135 a 123 do norte-americano Jason Tabansky na final do tiro com arco composto da classe WH1 (atletas com deficiências graves em três ou quatro membros). Somente hoje o Brasil, líder disparado no quadro de medalhas, subiu mais de 40 vezes ao pódio.
Também teve pódio duplo verde e amarelo com ouro e prata na prova dos 100m peito da classe SB5 (comprometimento físico-motor). A mineira Laila Suzigan assegurou o ouro e bateu o recorde pan-americano ao encerrar o percurso em 1min57s01 – a marca anterior de 1min59s32 foi obtida pela compatriota Paloma Sampaio, na edição de 2015, em Toronto. Já a prata foi para a coleção de Esthefany Rodrigues (2min06s07,), que na véspera já conquistara o ouro. Em terceiro, com o bronze ficou a mexicana Vianney Trejo “(2min06s59).
O mineiro Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, faturou nesta quarta (22) sua terceira medalha de ouro em Santiago. Ele foi o mais rápido nos 50m livre da classe S2 (comprometimento físico-motor), com a marca de 52s09. Completando o pódio, a prata ficou com o chileno Alberto Abarza (1min02s33) e o bronze com o mexicano Cristopher Tronco, com 1min05s18.
“Terceira prova, terceiro ouro, terceiro recorde parapan-americano. Estou muito feliz, muito satisfeito. Queria um pouco mais, porque eu sou um cara que me cobro muito, então eu sempre quero mais, mas foi o melhor que tinha para esse momento. Saio bem satisfeito e muito feliz pela minha família estar aqui me apoiando e torcendo. Hoje era a prova que eu mais queria nesse Parapan, era a prova que eu estava mais focado, que eu tinha treinado mais”, disse Gabriel Araújo, 21, que tem focomelia, doença congênita que impede a formação completa de braços e pernas.