O projeto de reforma do Armazém das Docas Dom Pedro II, construído em 1871, na zona portuária do Rio de Janeiro, deverá ser concluído até o fim do ano que vem, segundo previsão do presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass.
O prédio histórico, projetado pelo engenheiro negro André Rebouças, sem uso de mão de obra escrava, fica em frente ao Cais do Valongo e deverá receber um centro de memória sobre a história e a cultura negras no país. A previsão inicial é que o espaço comece a funcionar em 2026.
O centro de memória foi anunciado em março deste ano, mas ainda não há detalhes de como será o espaço. Grass acredita, no entanto, que não será apenas um museu, mas um centro cultural.
"A ideia é fazer um grande Centro Cultural, então, ele vai ter uma multidisciplinaridade, uma perspectiva diversa de ocupação. Enfim, essa concepção ainda vai ser melhor discutida, mas a ideia é que não seja só um museu, vai ter uma perspectiva de multiuso", afirmou Grass.