Seis fotos foram inscritas na premiação, retratando os danos do garimpo ilegal no bioma amazônico e a emergência de saúde da população indígena yanomami. A Agência Brasil escalou quatro profissionais para a cobertura, que incluiu também os repórteres Pedro Rafael Vilela e Vitor Abdala e a fotógrafa Rovena Rosa.
“Viajamos para Boa Vista, capital do Estado de Roraima, onde percorremos os hospitais que estavam prestando atendimento aos indígenas removidos. Conversamos com médicos, pacientes, tradutores, lideranças da etnia, e representantes de ONGs, militares e órgãos governamentais. Após vários dias lá, conseguimos embarcar de carona em um voo de 1h30min para Surucucu, onde existe o principal polo de saúde indígena dentro do território Yanomami. Foi possível documentar o atendimento aos yanomami vindos de diversas aldeias, como o idoso Sarney Yanomami, com mais de 60 anos de idade, que recebia soro na veia e sofria dores da infecção por malária e desnutrição”, conta o fotógrafo.
Ao longo de toda a cobertura em Roraima, que durou 12 dias, Frazão buscou consentimento dos yanomami para terem suas imagens registradas. Diversas vezes, foi preciso deixar de captar cenas em respeito aos indígenas. Além disso, o fotógrafo sobrevoou a floresta com a Força Aérea Brasileira e mostrou os rios tingidos pela contaminação do garimpo, acompanhou a entrega de suprimentos e captou imagens das clareiras causadas pela devastação ilegal.
O resultado da premiação será decidido pela comissão organizadora do prêmio em uma sessão pública de julgamento, marcada para o dia 10 de outubro, no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Concorrem na mesma categoria Márcia Foletto, do jornal O Globo, e Yan Boechat, do jornalismo da Band.