O Museu de Arte do Rio (MAR) abre, nesta sexta-feira (29), a exposição “Funk: um grito de ousadia e liberdade”. A mostra tem como enfoque a manifestação cultural carioca, abordando sua história, sonoridade, dimensão coreográfica, seu papel na matriz da cultura urbana e periférica e seus desdobramentos estéticos, políticos e econômicos.
A exposição ocupará duas salas do museu, uma será dedicada ao soul, estilo musical norte-americano que influenciou o ritmo carioca e também o estilo de alguns brasileiros, através das festas realizadas nos anos 70 e 80. “Eram essas festas, feitas em clubes de bairros, que precederam o funk de hoje”, afirma o curador-chefe do MAR, Marcelo Campos.
A segunda sala é dedicada aos bailes das favelas cariocas, que se espalham nos dias de hoje por diversas comunidades.
“A exposição está bem surpreendente. A gente reuniu uma quantidade grande de artistas que lidam com o universo do funk. Ela tem partes interativas, muito vídeo, muito som, muita cor. E também muita imagem que mostra um Rio de Janeiro dos anos 70 e imagens que retratam os bailes de favela [de hoje em dia]. Temos artistas brilhantes, jovens que estão no cotidiano da cidade e que agora fazem parte do museu”, afirma Marcelo Campos.
Serão exibidos mais de 900 itens, de mais de 100 artistas brasileiros e estrangeiros, entre eles, Bauer Sá, Januário Garcia, Maria Lígia Magliani, Thaís Iroko, Guilherme Kid, Thiago Ortiz, Melissa Oliveira, Bárbara Wagner, Maxwell Alexandre, Herbert, Vincent Rosenblatt, Blecaute, Gê Vianna, Manuela Navas, Fotogracria, Emerson Rocha, Panmela Castro e Bruno Lyfe.