Léa Garcia deixa vasto legado e fãs em todo o país

Por Agência Brasil

A atriz Léa Garcia deixou um vasto legado nas artes e fãs, em todo o país, que admiram o seu trabalho. Atores, pesquisadores, artistas, autoridades prestaram homenagens à atriz que morreu nesta terça-feira (15), aos 90 anos, na cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul. Léa Garcia seria homenageada hoje na cidade com o troféu Oscarito, a mais tradicional honraria concedida, desde 1990, pelo Festival de Cinema de Gramado.

“O papel que Léo Garcia desempenhou na história da cultura brasileira, da cultura contemporânea, é simplesmente inominável”, diz o professor do Instituto de Artes da Universidade de Brasília (UnB), Nelson Inocencio. Ao lado de nomes como Ruth de Souza e Zezé Motta, Léa Garcia foi uma das primeiras atrizes negras da televisão brasileira.

O cineasta Joel Zito Araújo, que era amigo e trabalhou com a atriz, escreveu: “Perdemos essa manhã uma pessoa linda, talentosa, generosa, fundamental para a cultura e as artes do Brasil, Léa Garcia. Amiga, musa, mãe artística, parceira. Tenho uma imensa gratidão por essa mulher. Perdemos ela no apogeu do seu reconhecimento artístico, que veio tarde mas veio. Ela que foi uma das duas primeiras estrelas brasileiras a ser reconhecida pelos grandes festivais internacionais, disputando o prêmio de melhor atriz em Cannes com Orfeu Negro, no final dos anos 50. Atriz fundamental do TEN. Protagonista em dois filmes meus. Enquanto o Brasil perde uma estrela de primeira grandeza, o Orum fica mais bonito”.