A cantora Emilinha Borba está sendo lembrada e homenageada por fãs, admiradores, parentes e amigos, nessa quinta-feira, dia 31 de agosto. Se fosse viva, completaria 100 anos. A programação prevista é longa. A pedido do fã clube Emilinha, um dos mais antigos do Brasil, será celebrada, hoje às 10h, a Missa Solene, na Igreja de São Francisco de Paula, no centro do Rio. Haverá a participação do Coral da Escola Municipal Ginásio Emilinha Borba e da banda do Corpo de Fuzileiros Navais, em uma homenagem aquela que a Marinha elegeu como sua Favorita, em 1947.
Na
Rádio Nacional do Rio de Janeiro, onde foi contratada em 1943, aos 27 anos, as homenagens começaram no domingo (27). O programa Especial da Nacional resgatou a história e obra de Emilinha. Para hoje, o centenário da cantora, estará presente nos programas Revista Rio e Sintonia Rio, às 11h e às 15h. Às 16h, será no programa É Tudo Brasil, que vai ao ar em rede. Além da rádio, quem quiser acompanhar as homenagens poderá fazer pelo site ou pelo aplicativo da emissora.
Durante este mês, em todos os sábados, a Feira do Rio Antigo, na Rua do Lavradio, no Centro do Rio, promoveu um sarau cultural com exposição de acervo e espetáculo musical recordando os sucessos da Rainha do Rádio, como era chamada.
As homenagens incluíram ainda o show A Era do Rádio – Emilinha Borba, 100 anos, no Teatro Claro Rio em Copacabana, na zona sul, e o musical A minha, a sua, a nossa, a Favorita!, da Turma OK, coletivo LGBTQIA+, no centro do Rio.
Carreira
Emilinha nasceu no bairro da Mangueira, zona norte do Rio e ainda menina, sem a aprovação da mãe começou a participar de programas de calouro. Aos 14 anos ganhou o primeiro prêmio no Hora Juvenil, na Rádio Cruzeiro do Sul. Se apresentou ainda no Programa Calouros de Ary Barroso e conquistou a nota máxima ao cantar a música O X do problema, composta por Noel Rosa.
A carreira foi seguindo entre gravações de discos e apresentações no rádio até que em 1939, foi levada por Carmen Miranda, que se tornou sua madrinha, para fazer um teste no Cassino da Urca, na zona sul d capital, local de grandes espetáculos na época. A mãe de Emilinha era camareira de Carmen. Aprovada no teste foi contratada como crooner e em pouco tempo se transformou em uma das atrações da casa de shows.
O crescimento da popularidade de Emilinha acompanhou a evolução do rádio, que se consolidava como veículo de comunicação em massa, a partir da segunda metade da década de 1930, mas foi no período dos anos 1940 e 1950, conhecido como Era de Ouro do Rádio, que Emilinha se tornou grande destaque da música brasileira.
Morte
A morte de Emilinha no dia 3 de outubro de 2005 causou comoção no Brasil e até no exterior, onde também era conhecida. A cantora faleceu, aos 82 anos, de infarto fulminante enquanto almoçava em seu apartamento em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. O velório na Câmara dos Vereadores, no centro da cidade, aberto ao público durou toda a noite e continuou pela manhã. O sepultamento foi no Cemitério do Caju, na região portuária da capital.