Em entrevista à Agência Brasil, o secretário admitiu que implantar uma cultura de paz não é um processo rápido, mas é necessário para diminuir a violência nas escolas. “Primeiro é preciso ter serenidade. Fazer isso é um movimento de médio e longo prazo. E você fortalece isso garantindo que toda escola, por exemplo, tenha um grêmio, garantindo a gestão democrática, tendo comissões de mediação de conflito, estimulando a participação dos pais no conselho de escola. Assim se vai construindo uma escola participativa, democrática e de paz”, destacou Padula.
“As escolas são ambientes seguros, que precisam ser preservados. Acho que a pandemia trouxe uma consequência grave de distanciamento das crianças nas escolas. E precisamos garantir que as crianças estejam nas escolas, atuando de maneira preventiva por meio das forças de segurança e investigando quem faz ameaças.”
Segundo ele, além de promover a cultura de paz, a prefeitura tem buscado também oferecer mais segurança às escolas de São Paulo. “A Guarda Civil e a Polícia Militar reforçaram a ronda escolar. Temos também um botão de alerta, que foi lançado essa semana. Mas a ideia é que não seja preciso utilizar esse botão, mas encaminhar as denúncias e as ameaças para as autoridades de segurança e incentivarmos para que todas as escolas, com suas autonomias, possam fazer atividades como rodas de conversa, pintura, abraços coletivos, caminhadas e diversas ações ressignificando o dia de ameaça.”
No dia 20 de abril de 1999, ocorreu o massacre na escola Columbine, nos Estados Unidos. Nos últimos dias, circularam nas redes sociais mensagens sobre ameaças de ataques a escolas nesta data.
Denúncias
Além do canal Escola Segura, do Ministério da Justiça, o serviço Disque 100 passou a receber denúncias de ameaças de ataques a escolas. As informações podem ser feitas por WhatsApp, pelo número (61) 99611-0100.
Em caso de emergência, a orientação é ligar para o 190 ou para a delegacia de polícia mais próxima.