Na pequena sala, há basicamente mapas e cronogramas de visitas às comunidades indígenas afixados na parede e uma mesa com um equipamento de radiocomunicação. Ali, todos os dias, das 7h às 19h, um operador de rádio fica sentado e se comunica com o povo yanomami.
Apesar de singela, essa sala no Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami e Yek’uana (Disei-YY), em Boa Vista, é o único canal de comunicação em tempo real com a maioria das comunidades da terra indígena yanomami, tanto em Roraima quanto no Amazonas, áreas em que não há sinal para aparelhos celulares.
É por ali que entram as demandas do povo yanomami, tanto em relação à saúde quanto a outras emergências e qualquer outro tipo de necessidade de comunicação. O contato dos indígenas com o Disei-YY é feito a partir das unidades de saúde espalhadas por 78 comunidades.
Por esta pequena sala em Boa Vista chegam, por exemplo, as informações sobre casos graves de saúde que necessitam de remoção para hospitais da capital.