Militares do 6º Batalhão de Engenharia e Construção (6º BEC) do Exército trabalham até durante a noite para tapar os buracos e concluir a reforma da pista do aeródromo de Surucucu, dentro da Terra Indígena Yanomami. A reforma é crucial para que a pista, com extensão de 1.100 metros, possa permitir o pouso de aeronaves de carga.
"Essa pista vai viabilizar o trabalho de ação humanitária aos Yanomami. Os aviões de carga ainda não conseguem pousar por conta desses buracos. Nossa grande dificuldade é trazer materiais mais pesados para cá, inclusive maquinários", explica o sargento Fragoso. A reportagem da Agência Brasil acompanhou de perto o trabalho na última sexta-feira (10). São dois turnos: durante a manhã, quando normalmente o tempo ainda está nublado e as aeronaves menores não conseguem pousar, e à noite. Na parte da tarde, a pista tem prioridade para receber aviões que trazem mantimentos e removem pacientes para Boa Vista. A reforma é um pouco lenta justamente pela falta de equipamentos mais apropriados, como máquinas de recapeamento, por exemplo. E mesmo o transporte de massa asfáltica em grande quantidade em aeronaves pequenas fica comprometido devido ao peso.
No trabalho, os militares usam pás, picaretas e terra. A faixa central da pista já foi praticamente toda reformada, mas técnicos avaliaram que os acostamentos também precisam de recuperação. O governo pretende chegar ao local com aeronaves de carga, como o C-105 da Força Aérea Brasileira (FAB) ou até mesmo o KC-390.