A Polícia Civil também sugeriu que a empresa Furnas Centrais Elétricas adotasse medidas preventivas de segurança. Controlada pela Eletrobras, a companhia divulgou nota, na época da tragédia, lamentando o ocorrido e informando que apenas usa a água do lago para gerar energia elétrica. “Compete ao Poder Público a gestão dos demais usos múltiplos do reservatório”, sustentou a empresa, referindo-se ao controle das atividades turísticas na região.
Cânion reaberto
O cânion voltou a ser aberto ao turismo, quase três meses após a tragédia. A liberação parcial das visitas náuticas ocorreu com o aval da prefeitura. Além de estabelecer novas regras, como a obrigação dos condutores manterem as embarcações a uma distância mínima dos paredões e respeitarem os limites estabelecidos para cada trecho do percurso, o município - distante cerca de 282 quilômetros de Belo Horizonte - contratou uma equipe de geólogos para avaliar, diariamente, a estabilidade dos blocos de pedra.
Investimentos
Logo após o desastre, o governo de Minas e parceiros anunciaram investimento conjunto de R$ 5 milhões para o plano “Reviva Capitólio”, com 80 ações de segurança e de impulsionamento do turismo para a região, onde tradicionalmente turistas do mundo inteiro buscam navegar para contemplar de perto as imensas formações rochosas e águas cristalinas.
Entre as principais medidas executadas até agora está a finalização de um estudo geológico nas regiões rochosas de Capitólio. O estudo permite mapear toda a área dos cânions, garantindo a estabilidade dos paredões rochosos.
O trabalho inclui análises diárias feitas por um geólogo para identificar possíveis processos erosivos ou fluxos de água entre as pedras, visando estabelecer um nível rigoroso de segurança para a atividade turística. Além dessas iniciativas, foi assinado, em novembro do ano passado, convênio no valor de R$ 2 milhões para realização de obra de contenção dos cânions de Capitólio.
De acordo com o prefeito de Capitólio, Cristiano Geral do Silva, todo o trabalho realizado possibilitou resgatar a fauna e flora terrestre da região, que considera como um dos mais lindos do mundo. “Hoje é possível ver nos cânions o pato mergulhão, que é típico de nossa região, mas está em extinção. Também é possível ver capivaras e diversos tipos de pássaros no local”, disse.
“O turista que visita Capitólio hoje tem a oportunidade de conhecer ainda mais nossa mineiridade, saborear nossa culinária e ser recebido com todo carinho por aqueles que aqui moram. Agradecemos muito o apoio do Governo de Minas e dos parceiros”, acrescentou Cristiano.
*Com informações da Agência Minas