Eduardo Leite é empossado para 2º mandato como governador do RS
O governador reeleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e seu vice eleito, Gabriel Souza, tomaram posse hoje (1º) no cargo, em cerimônia na Assembleia Legislativa do estado, em Porto Alegre. Durante seu discurso, Leite citou as prioridades do governo, se comprometeu com a responsabilidade fiscal e disse que quer um governo “comprometido com a diversidade humana em todas as suas manifestações e demandas, como livre expressão das vontades e direitos individuais”.
“O amor e a liberdade são alicerces poderosos", disse. Durante a cerimônia de posse, ele estava acompanhado do namorado Thalis Bolzan e de familiares, e agradeceu o apoio de todos na jornada como homem público.
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“Divergimos ideologicamente, programaticamente em muitos temas, mas não esperem do nosso governo nem subserviência, nem sublevação em relação ao governo federal. Nós temos pautas comuns, administramos urgências, temos problemas bem objetivos para resolver com diálogo, sobriedade e grandeza cívica”, ressaltou.
Para o governador, a democracia está ameaçada por “inimigos da vontade pública”. “Hoje, os eleitos assumem e os não eleitos deve se reorganizar pela política e aguardar novas eleições, tendo à sua disposição os instrumentos garantidos para exercer legitimamente a oposição a que desejarem fazer. É assim a democracia”, disse.
De acordo com Leite, a principal prioridade do seu novo governo é melhorar a qualidade da educação e do aprendizado no Rio Grande do Sul. “É a partir da educação que nivelaremos as oportunidades e que vamos proporcionar o mesmo ponto de partida para que nossos jovens estejam preparados para os desafios econômicos e humanos deste novo milênio”, destacou.
Ele citou outras quatro prioridades: a consolidação do RS como polo nacional de qualidade no atendimento à saúde; o combate à pobreza, em especial a pobreza infantil; o incentivo ao agronegócio e à agricultura familiar; e o crescimento econômico com inovação, apostando na transição energética e na sustentabilidade.
Segundo o governador, isso será feito em um cenário absoluto de compromisso com responsabilidade fiscal. “Não há vitória social, sem êxito fiscal. É falsa e muitas vezes ideologizada a contradição que buscam estabelecer entre o fiscal e o social”, disse.
“Estamos assumindo o governo do Estado com dúvidas sobre a receita para este ano de 2023 e para os próximos anos por conta de decisões alheias à vontade da administração estadual. Mas iremos trabalhar para que não percamos a linha do equilíbrio e tenhamos recursos para seguir com os investimentos e ofertas qualificadas de serviços públicos, visando sempre o maior impacto social”, completou.
Leite lembrou ainda de sua primeira posse no governo em 1º de janeiro de 2019 e disse que, hoje, a gestão mobiliza novamente “propósito e esperança, dois combustíveis essenciais sem os quais a política se desnutre”. Ele citou conquistas do primeiro mandato e destacou que governou em meio a duas estiagens e uma pandemia.
“Não resolvemos tudo, não agradamos a todos, mas não houve segmento que não tenha merecido nossa atenção dentro dos limites do possível e sempre no intuito de indicar soluções duradouras, sustentáveis e estruturais”, disse. “Esse é o novo presente do Rio Grande do Sul, ponto de partida bastante diferente daquele de anos atrás e a partir do qual iremos elementar as ações do nosso segundo governo, encurtando o caminho ao sonhado futuro.”
Embora tenha renunciado ao mandato em março de 2022, Leite é tecnicamente considerado governador reeleito, segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul. Após a cerimônia de posse na Assembleia Legislativa, houve a transmissão do cargo pelo até então governador Ranolfo Vieira Júnior, realizada no Palácio Piratini, sede de governo. Os novos secretários também foram empossados.
Leite foi o candidato do PSDB ao governo do Rio Grande do Sul nas Eleições 2022 e venceu a disputa com 57,12% dos votos válidos. Onyx Lorenzoni (PL) ficou em segundo lugar, com 42,88% dos votos válidos.
Eduardo Leite, de 37 anos, é bacharel em direito pela Universidade Federal de Pelotas, estudou também gestão pública na Universidade de Columbia, nos EUA, e fez mestrado em gestão e políticas públicas na Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo. Foi presidente da Câmara dos Vereadores e prefeito de Pelotas (RS). Em 2018, foi eleito governador do Rio Grande do Sul com 33 anos de idade. O vice na chapa, Gabriel Souza (MDB), de 38 anos, é veterinário e foi eleito deputado estadual em 2014 e 2018.