A Biblioteca Parque Estadual (BPE), localizada na região central da capital fluminense, sediou hoje (27) o 1º Fórum Estadual de Dança do Rio de Janeiro, promovido pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec-RJ). Durante a abertura do evento, no Teatro Alcione, a secretária Danielle Barros destacou que o dia seria de muito diálogo, visando à preparação e elaboração dos planos setoriais e das conferências que virão posteriormente. “É muito importante receber representantes de outros estados, fomentando um ambiente de troca de experiências, intercâmbio cultural e aprendizagem de outros métodos de trabalho. Permanecemos sempre de portas abertas para o diálogo”, afirmou Danielle.
A assessora da Superintendência de Artes da Secretaria e presidente do Colegiado Estadual de Danças do Rio de Janeiro, Denise Acquarone, afirmou que a atual gestão do governo fluminense tem um olhar especial de visibilidade para a dança, que, para ela, é um processo de transformação para crianças, jovens e todos os cidadãos. “A arte tem esse poder. Então, acreditamos, sim, que esse novo olhar vai nos trazer muito mais potencialidade do que até então. E a Secec está dando os instrumentos necessários para que isso se concretize e seja uma atividade que traga profundas transformações na vida de todos”.
Panorama
Em relação ao panorama da dança no estado do Rio de Janeiro, Denise informou que se encontra em um processo de construção bastante otimista. “Acho que já avançamos bastante; evoluímos muito”. Segundo ela, o Colegiado Estadual de Danças, iniciado em 2017, realizou até hoje “um trabalho intenso para dentro do interior do estado". "As representações regionais têm trabalhado arduamente”, contou, ao destacar também a importância do fortalecimento do sistema estadual de cultura. “A Lei 7.035 tem proporcionado essa amplitude de se levar a ideia da construção de políticas públicas para o interior do estado.”
Denise comentou ainda, paralelamente, o fortalecimento dos sistemas municipais de cultura. “É muito importante que cada município tenha seu órgão gestor, de preferência com autonomia. Uma pasta específica para a cultura. É muito importante que ela seja desmembrada e que a gente evite aquele modelo de pastas conjuntas onde se junte educação, cultura, meio ambiente, esporte e lazer. Isso não funciona. A cultura precisa de uma pasta específica. Com isso, a gente estabelece uma grande rede, porque, na verdade, o sistema é uma grande rede, que tem que dialogar com o federal, com o estadual e com o municipal”, concluiu.
O Painel Nacional da Dança contou com as participações de Sandro Boreli, fundador e diretor da Companhia Carne Agonizante, de São Paulo, e coordenador do espaço de arte Kasulo; Bia Mattar, presidente da Associação Profissional de Dança do Estado de Santa Catarina (Aprodança); e Tuca Pinheiro, mobilizador da classe de dança de Belo Horizonte e um dos articuladores do Fórum de Dança da capital mineira.