A noite do segundo dia do Fórum Social Mundial (FSM) 2023, que vai até sábado (28) em Porto Alegre, terminou com uma mesa de convergência que reuniu movimentos sociais e parlamentares para debater o tema “O Novo Brasil que Queremos Construir”. O documento norteador da mesa foi lido pela presidenta da União dos Negros e Negras do Brasil (Unegro) no Rio Grande do Sul, Elis Regina.
O texto fala do “gigantesco desafio” a ser enfrentado, após a derrota eleitoral do “monstro do fascismo”.
“É preciso garantir um cotidiano, retomar e reconstruir a nossa dignidade como nação livre, democrática, humanitária e soberana. Assim, com a eleição do operário Lula da Silva pela terceira vez presidente, o olhar do mundo se volta para o Brasil como referência no enfrentamento às desigualdades e no traçar caminhos de igualdades e paz. Essa vitória foi legitimada pelo povo brasileiro através de nossas maiores riquezas: a diversidade humana e cultural, aliada à grandiosidade da nossa biodiversidade”.
Desigualdades
Integrante do Comitê Internacional do fórum, Oded Grajew falou da importância de se adotar medidas para combater a desigualdade, incluindo o levantamento de dados sobre os indicadores sociais, econômicos, ambientais, políticos e éticos.
“O que que há de comum entre os países que atingiram os melhores indicadores e que nos dão inveja da qualidade de vida que oferece aos seus cidadãos? Todos eles, sem exceção, escolheram o caminho da redução das desigualdades. Vários deles era países muito pobres e chegaram ao seguinte consenso: para qualquer coletivo humano dar certo, é fundamental que tenha relação harmoniosa entre as pessoas. E o que causa a desarmonia é a sensação da injustiça e da desigualdade”.